Escolhido pela cúpula do PP como pré-candidato a prefeito de Rio Branco, o secretário de Governo, Alysson Bestene, afirmou estar “feliz e preparado para o desafio”.
Alysson, porém, ao ser perguntado sobre a disputa interna com Bocalom tergiversou, evitou polemizar.
“Fico feliz em ter o nosso nome indicado. Estou preparado para o desafio para apresentar um projeto para cidade de Rio Branco, um projeto moderno que seja um consenso entre as principais lideranças do partido e com os aliados, com o governo do Estado e principalmente com o governador Gladson Cameli que tem buscado atender os anseios da pessoas e não vai ser diferente em Rio Branco”, disse o secretário.
PP vai discutir desligamento de Bocalom
Membros do PP, alguns dos quais integrantes da executiva municipal do partido, anti-Bocalom querem antecipar a saída do prefeito do partido o mais rápido possível.
O desligamento de Bocalom, aliás, já é tema de reuniões de um grupo restrito do partido. A primeira ideia é comunicar a Tião Bocalom por meio de uma nota oficial que o partido não tem interesse em sua reeleição.
A carta deve ser redigida e encaminhada ao prefeito antes do início da Expoacre, que tem data marcada para começar no dia 29 de julho.
A cúpula progressista deve informar ao prefeito que o pré-candidato do partido é o secretário de Governo, Alysson Bestene, que tem o apoio já declarado do governador Gladson Cameli.
Membros da executiva municipal entendem que não há necessidade de se arrastar o processo interno de disputa com Bocalom forçando uma queda de braço.
“Quanto mais vai se arrastando esse processo, e se isso for levado para perto das prévias, o Bocalom vai virar vítima”, opina um importante membro da executiva do PP.
Expulsão por infidelidade
A depender da reação de Bocalom ao comunicado, não está descartada a expulsão do prefeito por infidelidade, informaram partidários ao Blog da Hora.
Bocalom, de acordo com membros do partido, cometeu infidelidade partidária ao não pedir oficialmente afastamento do Progressistas nas eleições de 2022 para apoiar Sérgio Petecão, do PSD, a governador. O candidato do PP era o governador Gladson Cameli, que foi reeleito.
Os defensores da expulsão do prefeito lembram que em 2020 para apoiar a eleição de Socorro Neri, à época filiada ao PSB, o governador Gladson Cameli se afastou do partido via ofício, diferentemente de Bocalom ano passado.
Bocalom diz que disputa é normal
Ao Blog da Hora, na manhã desta segunda-feira (17), Bocalom disse que qualquer embate é normal no âmbito partidário, porém não comentou a notícia de seu possível desligamento.
“Coisa mais natural do mundo essa discussão no partido a um ano das eleições”, resumiu.
O prefeito evitou polemizar ao ser perguntado se teria praticado infidelidade partidária nas eleições de 2022 quando apoiou a candidatura de Sérgio Petecão (PSD) ao governo do Acre. Circula no PP a informação de que Bocalom não teria pedido afastamento da agremiação. Ele, porém, nega.
“Eu me afastei sim. Foi feito documento, inclusive”, afirmou.