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Blog da Hora | Com Luciano Tavares

O equívoco da comparação entre as candidaturas de Alysson na Segov e Marcus Alexandre no Deracre

O equívoco da comparação entre as candidaturas de Alysson na Segov e Marcus Alexandre no Deracre

Em 2011, o engenheiro civil Marcus Alexandre era diretor-presidente do Deracre. Nos bastidores, seu nome começou a surgir como provável candidato a prefeito de Rio Branco. Ideia e sonho do então governador Tião Viana. Jorge Viana, senador, sonhava com Daniel Zen. Marcus era pouquíssimo conhecido, inclusive no PT. Tinha fama, entre alguns poucos, de sujeito trabalhador e bom técnico desde a época em que trabalhava na Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico Sustentável no governo Jorge Viana ao lado do então secretário da pasta, Gilberto Siqueira. Como presidente do Deracre vivia mais na BR-364, entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, do que em Rio Branco. Sua missão, naquele momento, era a ligação rodoviária entre a capital e o Juruá. Em 2012, Marcus era apresentado como candidato com apoio do mais coeso, poderoso e longevo bloco de partidos da história do Acre, a Frente Popular, que, além da sincronia política entre seus atores, comandava um governo sem feudos, a prefeitura da capital, uma base sólida na Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, sindicatos, cooperativas, empresários, associações e até igrejas.

À época coordenando o Ruas do Povo, programa de pavimentação entregue por Tião Viana ao então petista, o resultado todo mundo já sabe: Marcus, que no início do pleito era um azarão, venceu Tião Bocalom.

Alysson Bestene (PP) vive uma realidade de pré-candidatura de arranjos e contextos diferentes. É um secretário de Governo em uma estrutura que não tem presença palpável nas ruas, não há agenda estatal na comunidade, exceto momentos de lampejo na Expoacre, o nosso arraial chique anual; a cada três meses com o recém-criado programa Juntos Pelo Acre, uma espécie de Projeto Cidadão do Palácio; e durante a distribuição de sacolões em época de enchente.

O entorno político de Alysson também é pouquíssimo coeso. Alguns de seus aliados ou supostos aliados pedem sempre mais para tê-lo como pré-candidato.

No tratamento político é preciso haver distinção entre o ser democrático, a desordem e a bagunça.

Falta comando, diferentemente da realidade de uma FPA.