Quando houve o êxodo de Israel do Egito, Javé autorizou que 10 diferentes pragas atingissem os egípcios. Uma delas, a da morte dos primogênitos, chama atenção por uma certa semelhança com o contexto da pandemia de covid-19 em que o se resguardar é a chave para evitar a morte.
As Escrituras afirmam que Deus ordenou aos hebreus que ficassem em casa e marcassem a porta com o sangue de um cordeiro, animal de importante simbolismo no mundo cristão, como um sinal. A determinação para que o povo se recolhesse em casa e usasse o sangue tinha finalidade de proteção. A morte passava pela residência com sangue na porta e não entrava, passava por cima da casa. Eis aí um dos sentidos da Páscoa, aliás.
A Lei de Moisés registrada no pentateuco, a coleção dos cinco primeiros livros da Bíblia Sagrada,
com seus códigos civis, possui regras de saúde, higiene, boa convivência e relações interpessoais que deveriam ser seguidas pelo povo hebreu ainda no deserto.
Eram leis com punições a infratores a partir de julgamentos orientados via ordenação divina. Para tanto, Moisés, o legislador, possuía conselheiros com capacidade e discernimento para conduzir uma multidão sob um contrato social. Porém, apesar desse aparato e da condução divina com registros de sinais e eventos miraculosos, conforme o registro sagrado, houve erros e rebelião popular.
Em síntese, do primeiro livro do Antigo Testamento, o Gênesis, ao último, no Novo Testamento, o Apocalipse, há orientações e conselhos sobre como se resguardar, se proteger.
Jesus mandou seus discípulos manterem sempre a vigilância, a serem prudentes.
Não há anticiência em Cristo, sim no fanatismo.
Feliz Páscoa!