Na semana passada, na sede do PSDB, assim que a reunião entre Gladson, Marcio Bittar e representantes de nove partidos sobre a chapa majoritária havia encerrado, o governador foi perguntado quem seria seu vice e não quis, diante da câmera do celular ligado, responder. Saiu rindo. Não quis, na verdade, se comprometer. Marcio, ao contrário, respondeu: “O vice vai ser quem o Gladson quiser”.
A não resposta do governador diz muito sobre sua escolha e revela falta convicção.
Depois, por meio de uma nota construída por assessores do Palácio Rio Branco e com assinaturas de líderes partidários, do governador e do senador licenciado Marcio Bittar veio a informação de que Marcia fora a escolhida para ser a vice. Pareceu muito mais uma vontade de terceiros do que do próprio governador.
Nem o mais fiel assessor do Palácio tem convicção de que a escolha do nome da ex-esposa de Bittar é definitiva. Há um ar de desconfiança de que Cameli pode, nos acréscimos do jogo político, de última hora, mudar de ideia. E ele tem tempo para isso. Afinal,
as convenções acontecem entre 20 de julho e 5 de agosto.
Serão semanas de suspense.
E Gladson, a metamorfose ambulante, pode desdizer tudo aquilo que foi dito antes.