A reunião entre Gladson Cameli e a direção do PP deixou, na verdade, o cenário político envolvendo o governador e seus correligionários ainda mais confuso e indefinido.
A foto do governador com Bocalom e Mailza em uma mesa farta de pães no apartamento da senadora em Brasília reflete apenas um gesto, conforme adiantou ontem à noite o Notícias da Hora, de ouvir o partido, não apoio definido e definitivo ao ex-prefeito de Acrelândia.
Ainda há água para correr neste curto espaço do calendário até as eleições, pois Gladson ainda não esqueceu Socorro Neri e ressurge com o nome do ex-deputado Ney Amorim.
A direção do PP e o governador ainda falam idiomas diferentes quando o assunto é candidatura majoritária. A diferença nas últimas 12 horas é que esses atores começaram a conversar mais francamente, o que não vinha acontecendo há meses.
O que mais incomodou Gladson nesse contexto todo de escolha do nome de Bocalom foi o fato de não ter sido consultado lá atrás. E ele tem razão. Afinal é o principal líder do partido. Outro ponto é que Cameli indicou o nome de Ney Amorim para uma espécie de prévia, e quer ser atendido.
Resumindo: o apoio alardeado é muito mais um otimismo de Bocalom e de parte do Progressistas do que convicção.
A novela ainda nem começou, mas seus protagonistas e figurantes já estão a postos.