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Blog da Hora | Com Luciano Tavares

Presidente do PT do Acre repudia declaração de Coronel Ulysses sobre pagamento de propina nos governos petistas e diz: “Vai ter que provar”

Presidente do PT do Acre repudia declaração de Coronel Ulysses sobre pagamento de propina nos governos petistas e diz: “Vai ter que provar”

O presidente do PT do Acre, vereador André Kamai, declarou na manhã desta sexta-feira (31) que deve acionar judicialmente o deputado federal Coronel Ulysses Araújo (UB), que nesta quinta-feira no Papo Informal podcast afirmou que a empresa de segurança de sua esposa, a VIP, era chantageada e pressionada a pagar propina para receber pagamentos de contratos com o Estado durante os governos do PT.

“É muito grave essas acusações que o Coronel Ulysses faz. É profundamente irresponsável. Eu acredito que todos os contratos, que eram públicos, sempre foram tratados com absoluta lisura. Ele vai ter que provar. Diferente dos governadores do PT, que nunca tiveram investigações dessa forma, a empresa da esposa do coronel, como ele diz, foi alvo de uma investigação, se eu não me engano, em 2022, por contratos suspeitos no governo. Aliás, no governo que ele diz que é honesto, em que o governador é réu e está respondendo por um conjunto de corrupção e deve ser julgado agora ainda esse mês”, afirmou Kamai.

Segundo o parlamentar, a empresa de segurança privada, de propriedade de sua esposa, teria sido uma das vítimas desse esquema.

“A empresa foi chantageada. Estava com seis meses sem receber os recursos do governo, mais de três milhões e meio. Se não fizesse a reunião, não receberia. Era assim que funcionava. Se você não apoiasse, não recebia”, afirmou Ulysses.

O deputado declarou ainda que, na época, foi convocada uma reunião política na sede da empresa, sem sua participação, em apoio à reeleição do então governador Tião Viana (PT). Segundo ele, o encontro teria sido motivado pela pressão de membros do governo estadual.

“Eu não sou dono da VIP. A proprietária é minha esposa, Diana Menezes. Ela é responsável administrativa e financeira. Houve a decisão de apoiar simplesmente porque a empresa foi chantageada. Não havia outra saída”, explicou.

Ulysses também disse que, diferentemente dos governos petistas, as gestões de Tião Bocalom (prefeito de Rio Branco) e Gladson Cameli (governador do Acre) “nunca pediram propina”.

“Quero fazer um elogio ao Bocalom e ao Gladson. São governos que nunca foram na empresa pedir propina, nunca chantagearam. Esse tipo de situação acontecia no governo do PT, e não apenas com a VIP, mas com várias empresas”, declarou.

Durante a entrevista, o parlamentar negou ter sido aliado político do PT ou ter apoiado candidatos do partido.
“Nunca fui filiado ao PT, nunca votei em candidato do PT, nunca fiz campanha para o PT. Trabalhei como oficial da Polícia Militar, que é um cargo de Estado, não de governo. Quando fui convidado para atuar na segurança do Jorge Viana, nem o conhecia. Depois de dois anos, pedi para sair porque vi o que era o PT”, afirmou.