Articuladores políticos da campanha do emedebista Marcus Alexandre, alguns dos quais conhecidos como cabeças brancas, definição para um grupo de gurus do MDB, tentam dar à pré-candidatura do ex-petista uma cara de centrismo com um mais novo tempero: o direitismo bolsonarista radical com um viés religioso do PRD, sigla que acaba de anunciar em Rio Branco por meio de seu dirigentes adesão ao nome de Marcus.
O PRD (Partido da Renovação Democrática) nasceu da fusão de PTB e Patriota, duas agremiações ultradireitistas. A nova sigla aliada a Marcus é de espectro de extrema direita nacionalista carregada de bolsonarismo religioso. É aquela galera que gosta de ir para a frente de quartéis gritar por um mito e depredar prédios públicos.
Quando espalhou a informação de que Marcus Alexandre se aliara ao PRD, os influencers digitais do MDB fizeram questão de destacar que o partido é de direita e carrega consigo o 25, curiosamente o número que era usado pelo antigo Partido da Frente Liberal (PFL), que depois virou Democratas, agremiação que, a partir da fusão com o PSL, virou União Brasil.
O PRD ingressa em um uma aliança de partidos chamada por seus integrantes de “frente ampla”. Esse grupo, que reúne MDB, PT, PCdoB, PSOL, PV e Rede, um máximo de dois partidos grandes e o resto nanicos, com o ingresso da nova sigla, virou uma espécie de salada mista ideológica que junta lulistas, marinistas, comunistas, socialistas, bolsonaristas e conservadores na convergência pelo poder.