As declarações do deputado federal Coronel Ulysses, dadas durante o Papo Informal podcast, nesta quinta-feira (30), de que os governos do PT do Acre cobravam propina da VIP Segurança, empresa de sua esposa, continuam repercutindo.
O filho do ex-governador Tião Viana, Virgílio Viana, comentou na publicação do vídeo em que Ulysses faz a acusação, que o parlamentar vivia no gabinete de seu pai “puxando o saco para ser nomeado comandante” da Polícia Militar do Acre.
“O oportunismo diz muito sobre o caráter de um homem. Cansei de ver esse aí ir até o gabinete, puxar saco e tentar ser nomeado comandante. Esquece de dizer que quem permitiu que ele fizesse esses cursos no exterior foi o Governo Tião Viana. Vai ter que provar na justiça o que diz e porque teria prevaricado”, disse Virgílio.

Segundo Ulysses, nas eleições de 2014, quando o então governador Tião Viana foi candidato à reeleição, foi convocada uma reunião política na sede da empresa, sem sua participação, em apoio ao ex-governador petista.
De acordo com ele, o encontro teria sido motivado pela pressão de membros do governo estadual.
“Eu não sou dono da VIP. A proprietária é minha esposa, Diana Menezes. Ela é responsável administrativa e financeira. Houve a decisão de apoiar simplesmente porque a empresa foi chantageada. Não havia outra saída”, disse o deputado na entrevista.
O PT reagiu em nota repudiando as declarações. O presidente do partido, vereador André Kamai, informou que vai entrar na Justiça contra o deputado.
