Um grupo de assessores políticos ligado ao senador Sérgio Petecão, pré-candidato ao Governo do Acre, avalia que a proximidade do senador com o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, pode pegar mal para os trabalhos do pleito. Enquanto Petecão tenta crescer, a má avaliação de Bocalom pode prejudica-lo.
A conclusão do grupo vai de encontro com o cenário em que se encontra a capital acreana. Com as muitas viagens de Bocalom, e a pouca divulgação sobre o que o prefeito e equipe fazem, tem sido mais fácil ver os problemas da cidade, do que as soluções que efetivamente estão sendo colocadas em prática.
Vice-presidente do Partido Progressista, Bocalom deve pedir afastamento temporária para declarar apoio, oficialmente, ao senador acreano. E pedirá afastamento porque o partido do prefeito já tem um candidato lançado: Gladson Cameli, que já é governador e quer mais quatro anos à frente do governo (ele e o partido querem).
Sem ter tido o apoio de Gladson em 2020, na eleição da qual saiu vencedor, Bocalom quer “dar o troco” no colega progressista. Contudo, a má avaliação sequer ajuda na hora de dizer que vai apoiar Petecão. “Infelizmente a má avaliação da gestão só piora as coisas. Era para o prefeito estar bem, e ajudar, mas só puxa para baixo”, reclama o assessor de Petecão.
Ainda na avaliação do grupo, que se reuniu na manhã de domingo, Bocalom está tão decidido que deve falar sobre o assunto com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira. “Tomara que ao receber um ‘não’ em Brasília, ele não queira sair do PP e se filiar no PSD. Aí será uma tragédia completa0”, sugere outro aliado de Petecão.
Apesar de dizer aos quatro ventos que é o senador 100% popular, as pesquisas não conseguem mostrar bem o nome do senador acreano. Até a agora emedebista Mara Rocha cresceu, mas o senador Petecão se mantém numa estabilidade, entre os últimos no sonho de comandar o Palácio Rio Branco.