É inacreditável, e parece até piada, mas não é: o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, em duas visitas que fez à Alemanha, já prometeu ao menos três grandes projetos para a capital acreana: importar ônibus elétricos ambientalmente sustentáveis, copiar o projeto de um edifício garagem e construí-lo semelhantemente em Rio Branco, e até importar o modelo de educação do país europeu para a capital acreana.
Bocalom, na verdade, chega ao seu terceiro ano de mandato com muitas promessas e pouca coisa efetivamente realizada. A cidade continua com a infraestrutura fragilizada e com as ruas cheias de buraco. Voltou a faltar água na torneira das casas. Mas nem tudo é ruim: vale lembrar que o prefeito deu um bom reajuste salarial aos servidores que atuam na estrutura da capital. Tem também a pintura e reparos estruturais em unidades de saúde que já existiam antes de ele virar prefeito, ou a obra na Via Chico Mendes, que derrubou um canteiro para colocar outro no lugar.
Da Alemanha para o Acre, um período de 10 dias. Nesse tempo, Bocalom tem pensado em como melhorar a avaliação da população: se aproximou da rede social com vídeos mais curtos, mas sem largar a camisa quadriculada que tanto gosta de usar em tons que chamam a atenção. Diminuiu os gestos durante a fala, abraçou crianças e idosos, e agora publica mensagens que teriam chegado de servidores felizes com a administração dele. Mas nada disso serve, se efetivamente, as pessoas não vivem o que tanto o prefeito promete fazer.
Ainda dá tempo: Bocalom tem um ano e meio para tirar projetos do papel, melhorar a vida dos riobranquenses e, talvez, disputar com chance real de vitória uma reeleição. Se assim não fizer, ficará em uma situação complicada, até porque encontra rejeição no próprio partido, o PP, de onde, aliás, pediu afastamento antes das eleições de 2022, quando deixou de apoiar Gladson Cameli à reeleição, e declarou total apoio, com pedido de voto, ao senador Sérgio Petecão, do PSD.
Destaque-se que Bocalom só viajou para a Alemanha, Portugal e Reúno Unido, mais especificamente a Escócia. Imagine se visitar a Suíça, o Canadá, ou até Finlândia…. Melhor não der ideia!