O show da banda Bonde do Forró, realizado na abertura do Festival da Farinha, em Cruzeiro do Sul, na quarta-feira, dia 28, mais parecia um show “pornográfico” sem filtro, em praça pública, e em frente à Catedral Nossa Senhora da Glória. O evento, promovido pela prefeitura de Zequinha Lima, foi pago com dinheiro público.
As centenas de famílias que foram ao festival se assustaram com as cenas de erotização. Além das brincadeiras sensuais, não faltaram palavrões e as palavras “periquita”, “bunda” e “c*”, ao falar sobre os desejos sexuais das personagens musicais. Crianças e idosos acompanharam, por pouco tempo, as cenas inapropriadas.
O apresentador do show fazia questão de comentar sobre as poses eróticas que a cantora Juliana Bonde e suas dançarinas faziam. No som, citações desrespeitosas ao presidente Lula, ao ex-presidente Bolsonaro, e a vários artistas brasileiros. Sobrou até para o padre Fábio de Melo. Tudo isso em Cruzeiro do Sul, uma cidade fortemente católica.
Entre as piores cenas que os cruzeirenses foram obrigados a assistir, posso citar um só exemplo para demonstrar a gravidade do assunto: dançarinas apalparam mais de uma vez o pênis de um dos convidados do show, para saber se ele estava excitado. Além disso, citavam o nome do prefeito em meio à toda cena, chamando-o, várias vezes, de “macho”.
O show começou às 21h10, na praça principal da cidade, porque a banda queria ir embora no voo da mesma noite, que sairia por volta de 1h da madrugada. Cerca de 3 mil pessoas acompanharam a apresentação musical, e desse público, ao menos dois quintos foi embora com o teor da apresentação.
Nesta quarta-feira, dia 28, ate às 18h, o Ministério Público Estadual, conhecido por questionar o que entende como ilegal, não havia dado sequer uma palavra sobre o assunto...