Um grupo de vereadores da base do prefeito Tião Bocalom na Câmara Municipal de Rio Branco se articula, internamente, a portas fechadas, para derrubar o veto parcial do prefeito ao projeto de lei aprovado na Casa do Povo para a criação de dois cargos comissionados para acomodar oficiais da Polícia Militar por indicação do presidente N. Lima.
O prefeito vetou a criação alegando, em mensagem à Câmara, que a proposta estava irregular, pois não apresentava a descrição das funções desses assessores miliares que seriam nomeados com salário de R$ 4 mil. Insatisfeito com a decisão de Bocalom, Lima deflagrou uma verdadeira operação “derruba veto”, em retaliação a Bocalom.
Apesar de ainda não ter sido publicado, extraoficialmente, o veto já circula nos corredores da Casa do Povo. A proposta incomodou os servidores da Polícia Legislativa, uma vez que o projeto proposto por N. Lima conflita com os interesses da categoria, que pode, sem impedimentos, atuar fora da sede do Poder Legislativo.
“Esse projeto louco proposta pelo presidente é extremamente agressivo e desvaloriza os trabalhos da nossa equipe aqui de policiais legislativos. Isso mostra um desrespeito, porque nós temos legalidade para fazer a segurança pessoal fora do nosso prédio. É vergonhoso o que o presidente tentou fazer”, comenta o servidor.
Um assessor da Casa de Leis, que pede anonimato temendo perseguição, confirmou ao Blog do JR que N. Lima está indignado com Bocalom e recebeu a informação do veto com frustração, uma vez que sempre esteve disponível a ajudar o prefeito junto aos projetos que entra na casa.
“Foi tão ruim, que a assessoria técnica nem percebeu que tinha erro no projeto”, completa o servidor nomeado da Câmara Municipal de Rio Branco. A proposta foi aprovada por maioria de votos na semana passada, e passou junto com o reajuste dos servidores do Poder, proposto pela Mesa Diretora.