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Meninos, eu vi e ouvi. O dramalhão mexicano entre Bocalom e Progressistas ganhou um novo capítulo. Uma frase atribuída ao prefeito em uma matéria publicada em um portal de notícias local despertou a fúria de uma importante ala do partido comandado pelo governador Gladson Cameli, chefe do executivo estadual, que disse que não apoiou Bocalom por Cargos. Pensamento não compartilhado pelos correligionários. Parlamentares do PP ameaçam trabalhar para derrubar o veto do prefeito ao projeto que proíbe a contratação, na esfera municipal, de pessoas condenadas por crimes sexuais contra mulheres
Os progressistas amotinados ficaram revoltados e dizem que o tom de Bocalom à Nabiha soa vingativo e desrespeitoso, segundo cúpula progressista. Segundo eles, o prefeito reeleito teria disparado a seguinte frase: “A turma que roubava era a turma antiga, do PT, e ainda tem uma parte desse grupo lá dentro. Esse movimento é muito ligado àqueles que querem que a Nabiha volte, mas eu não quero a Nabiha de volta”
Assim como a lua de mel de Bocalom com sua esposa terminou, o mesmo pode acontecer com a relação com o Progressistas. A bancada do Progressistas na Câmara de Rio Branco está articulando um ato de protesto contra as declarações do prefeito em relação à ex-secretária municipal de educação, Nabiha Bestene. Para eles, Bocalom não se preocupa com a eficiência da gestão. Eles acreditam que Tião quer se vingar.
Um membro do PP que levantou bandeira, vestiu camisa e gastou de sua “própria gasolina nas carreatas”, Bocalom estaria sendo movido por um desejo de vingança por ser confrontado pela ex-secretária, quando decidiu demitir 547 servidores da Educação, a maioria envolvida com o TEA (Transtorno do Espectro Autista). Assunto que nunca chegou ao conhecimento público nem virou notícia.
A ala radical progressista destaca que “Nabiha foi contra a medida, avisando o prefeito de que poderia haver um colapso na área de educação, pois entre os demitidos a maioria integrava as equipes de professores e mediadores de crianças com TEA. Na época, Bocalom engoliu em seco, mas manteve Nabiha no cargo, pois precisava do apoio do partido nas eleições que se avizinhavam”, diz um dos cardeais do PP.
O grupo destaca ainda que, Bocalom teria deixado bastante claro que a rejeição à Nabiha é motivada por um ódio pessoal, (tadinha da baixinha) não pela sua competência, “o que não condiz com comportamento de homem público. Lembrando que Nabiha foi a única secretária que teve desempenho avaliado, colocando Rio Branco em segundo lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica”.
A demora em Bocalom definir alguns cargos estratégicos pode fazer a gestão sangrar. O PP chora um olho e remela o outro pela pasta da educação. Eles avaliam que a herança deixada por Nabiha pode ser capitalizada politicamente, já que a ex-secretária teria implementado, segundo eles, importantes projetos voltados à capacitação de professores, ampliação da infraestrutura escolar e inclusão digital.
As medidas adotadas por Nabiha foram determinantes para o reconhecimento da pasta em todo o Brasil. Como retaliação ao comportamento do prefeito, os vereadores da bancada progressista pretendem pedir a demissão do pastor Paulo Machado, que ficou conhecido como “espalha lixo”, ocupando atualmente o cargo de secretário interino de Educação. Ele é um dos homens de confiança de Bocalom.
Os progressistas resgataram o episódio em que Machado foi flagrado despejando lixo em uma área de preservação ambiental. Para os apoiadores de Nabiha, o pastor é dono de um currículo nada recomendável para quem pretende ser secretário de educação. Os vereadores do PP pretendem levar a questão para tribuna, juntamente com a suposta denúncia de assédio moral dos servidores da pasta.
Um vereador mais afoito do PP afirma que Machado “tem promovido uma verdadeira perseguição aos servidores, promovendo mudanças autoritárias nas escolas e plantando discórdia pelos corredores da pasta. Para piorar, Bocalom acusou Nabiha de ligação com um suposto grupo do PT que trabalha na Secretaria de Educação.
A fala atribuída a Bocalom uniu petistas e progressistas. Os progressistas acharam o tom desrespeitoso e vingativo. Por sua vez, os dirigentes do PT já estão preparando uma nota de repúdio e uma ação judicial contra o prefeito para ele provar a roubalheira. O primeiro teste de fogo de Bocalom será a votação do veto ao projeto de Elzinha Mendonça (PP) que proíbe a contratação, na esfera municipal, de pessoas condenadas por crimes sexuais contra mulheres.