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Ignorados até o momento na escolha do primeiro escalão da gestão Bocalom, os Progressistas continuam em “banho-maria”. Nem a boa avaliação da passagem da “pequena/grande” secretária de educação Nabiha Bestene foi suficiente para amolecer o coração do prefeito reeleito, que acabou a lua de mel com a esposa, mas não sinaliza nem como namoro aos escanteados do partido campeão de votos.
Bocalom tem motivos? Muitos. Aliás, ele nunca engoliu a expulsão do Progressistas. No meio de todo esse imbróglio, um detalhe merece atenção: os arrependidos progressistas foram um apoio decisivo na reeleição de Tião. O PP conquistou mais de 42 mil votos, elegeu a maior bancada da Câmara, com seis vereadores e mesmo com os parlamentares mais bem votados, renunciou ao comando do legislativo municipal.
Fazendo biquinhos pelos quatro cantos de Rio Branco, os progressistas foram os mais animados e participativos na campanha eleitoral, mas não sentiram o sabor de nenhum cargo expressivo nomeado por Bocalom. Alguns dizem que o PP deve ficar satisfeito com o cargo de Alysson, mas qual é a estrutura do vice, além dos três assessores que o rodeiam em todos os eventos de que participa?
O prefeito ignorou até mesmo a ex-secretária municipal de Educação, Nabiha Bestene, apesar de a baixinha obter um desempenho gigantesco à frente da Educação. A pasta foi destaque nacional com a 17ª colocação do Ranking de Competitividade dos Municípios elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), superando 20 Estados e, na região Norte, perdendo apenas para Palmas, que conquistou a 12ª colocação.
Pequena na estatura, mas gigante na atuação, Nabiha melhorou qualidade do ensino e vestiu a camisa de Bocalom na campanha de reeleição. A postura adotada por Bocalom após vencer no primeiro turno causou inquietação e descontentamento dentro do partido, sentimentos contidos pela declaração de Gladson Cameli, que disse que não apoio Bocalom por cargos, mas que ainda teria uma conversa de pé de orelha.
Mesmo sem fazer declarações oficiais, dirigentes e militantes do PP acreditam que foram peça-chave na reeleição de Tião, “agora estão se sentindo traídos”. Eles reclamam ainda do que classificam como falta de diálogo e destacam que nem o Valtim José, “que não resolve nada, mas conversa”, foi colocado para ajudar, fazer um afago e pelo menos a boca do fogão vai passar para fogo alto e finalizar o banho-maria.
Os insatisfeitos e esquecidos querem mais articulação por parte dos “donos” do PP. Eles pedem uma reunião urgente com Bocalom. A pauta seria um pedido de explicações sobre o futuro dos aliados políticos que gastaram gasolina nas carreatas, mas nem uma requisição de combustível tiveram direito ainda. A esperança é a última que morre para quem espera reconhecimento e espaço político na gestão.
A união da base de governo na Câmara de Vereadores será um dos pontos que o PP pretende colocar na mesa numa reunião com Bocalom. O partido diz que a gestão Bocalom tem como desafio no segundo mandato a execução de obras de infraestrutura que podem ser o diferencial numa possível candidatura de Bocalom ao governo do Acre. Com os votos da bancada do PP tudo pode ser mais tranquilo.
Numa cochichada com o blogueiro, ‘eminência parda‘ do PP deu o recado: “Os próximos passos de Bocalom serão cruciais para evitar um rompimento mais profundo, cuja influência pode ser determinante para o sucesso de sua gestão. Seu silêncio, até o momento, apenas intensifica a sensação de abandono e desprezo, deixando claro que a lealdade política não tem sido uma via de mão dupla na atual administração”.
Pois é, meus três leitores, o choro é livre, mas um bom diálogo pode evitar uma rabissaca e desgaste desnecessário. Hora de Bocalom esquecer a expulsão, vestir a camisa 10 e virar o capitão do time municipal de aliados. Afinal, para quem sonha com a convocação para craque da seleção do Estado e a bola de ouro, precisa aprender a suportar as botinadas, sem revidar e sem fazer cara feia.