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A sessão ordinária desta quarta-feira (5) na Assembleia Lgislativa do Acre (Aleac) ganhou contornos de teorias da conspiração. Após o deputado estadual Arlenilson Cunha (PL), que perdeu espaço político no Iapen, cobrar o cumprimento da lei orgânica da Polícia Penal e se queixar a respeito da nomeação do delegado Marcos Frank, que de acordo com a regulamentação do órgão, deveria ser ocupada por um policial penal, o assunto entrou na pauta nesta quarta-feira (5).
Os deputados estaduais estavam inspirados e criaram diversas teorias de conspiração após a declaração do governador Gladson Cameli (PP), de que não cederá à pressão de Arlenilson para colocar um indicado seu, foi combustível para os acalorados discursos.
O primeiro a tratar a respeito do assunto foi o deputado Emerson Jarude (Novo). Ele disse que algo muito grave pode estar por trás de tudo isso. “A impressão que me passa é que vamos descobrir algo muito sério dentro do Iapen. Parece que o governo do Acre quer ganhar tempo. Não se espante se o próprio governador dizer: ‘ah, gente, me desculpe, eu não deveria ter deixado ele [Marcos Frank] lá e nomear outro’. Não se tem dúvida quanto à lei orgânica do Iapen que esse cargo deve ser ocupado por um servidor da Casa”.
Quem também comentou sobre o assunto foi o comunista Edvaldo Magalhães. Ele disse reconhecer que “o cargo é de livre escolha” do governador, já que é um cargo de confiança, mas que se prestigie a categoria e cumpra a lei orgânica. Ele também frisou que o ‘Guardião’, aparato de investigação que seria controlado pela Polícia Civil e usado com autorização judicial, pode estar sendo usado para fins não republicanos. Este mesmo tipo de acusação conteceu nas gestões que tiveram o PT à frente do Poder Executivo e viraram até otivos de inquéritos. Este blogueiro foi intimado a prestar declarações após redigir uma matéria onde o então deputado Major Rocha, levantava a possibilidade de os petistas usarem o aparelho de escuta para bisbilhotar as conversas dos adversários.
A fala dele foi motivada a partir do depoimento de denunciantes sobre uma suposta afirmação de Alexandre Nascimento, ex-presidente do Iapen, com relação às policiais penais femininas, de que os celulares delas estariam grampeados. A gravação com a fala de Alexandre não se tornou pública após as denúncias na Aleac que resultaram no pedido de demissão no antigo gestor.
As teorias de conspiração também chegaram na área gourmet do Poder Legislativo. Para Edvaldo, Arlenilson estaria passando por uma fritura, mesmo usufruindo das benesses de ser parlamentar da base de governo. “O que me parece, eu lembro quando a senhora [Michelle Melo] entrou na frigideira. Quando a frigideira estava queimando, não se tem coragem de assumir as questões. O Arlenilson entrou na frigideira”. Só acredito que os indicados do deputado começarem a ser exonerados.
O jovem vice-lider do governo, o deputado Eduardo Ribeiro (PSD), apesar de puxar a brasa para sardinha do parlamento, fez o papel que a grande base de Cameli até hoje vem relutando em fazer. Ele saiu em defesa de Gladson Cameli. “A exoneração dele passou sim pela força do parlamento. O parlamento ficou do lado das mulheres. Ele foi chamado, eu acreditava que ele viria. No momento que ele não veio, logo em seguida ele foi exonerado. Por falta de respeito ao parlamento, ocorreu a exoneração”, disse Ribeiro ao se referir à exoneração de Alexandre Nascimento, ex-presidente do Iapen.
A antiga líder de governo e atual opositora da gestão Cameli, Michelle Melo (PDT) disse que a morte de um preso recentemente, que participou da última rebelião, no ano passado, deve ser esclarecida. Para ela, há uma nebulosidade envolvendo a morte do detento Oceu Rocha Martins, de 41 anos.
As teorias de conspiração foram colocadas. Cabe aos meus três leitores analisarem e determinarem qual delas poderá virar um filme. O cineasta Silvio Margarido está em plena ação e quem sabe poderá dirigir mais esta obra genuinamente acreana.