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Café Sem Açúcar | Com Dora Monteiro

João Marcos Luz deixa claro que a comunidade só pode falar se for para concordar com ele

João Marcos Luz deixa claro que a comunidade só pode falar se for para concordar com ele

O debate de quinta-feira, 29, na Aleac, era sobre pessoas em situação de rua entre o secretário João Marcos Luz e representantes da população que paga o seu salário.

E foi organizado com a nobre tarefa de aproximar o povo do Poder Executivo, mas ficou claro que o efeito foi invertido, aprofundando ainda mais o fosso entre governo e comunidades.

O morador não teve chance de se fazer ouvir. Mal concluiu a primeira frase e... Pá! Foi interrompido pelo secretário João Marcos, ficando evidente que a comunidade só pode falar se for para concordar com ele.

Efeitos colaterais

O morador que ousou debater com o secretário João Marcos Luz só queria relatar os problemas decorrentes da mudança do Centro Pop, que atende pessoas que vivem nas ruas.

Nas coxas

A transferência do Centro Pop para a Baixada da Sobral foi efetuada sem o mínimo planejamento, segundo moradores, ONGs e até deputados.

Tudo enfiado nas coxas – ou inserido, palavra recentemente incorporada ao vocabulário nacional por conta das maquininhas.

Sem nenhum estudo prévio ou consulta às comunidades, a Baixada foi escolhida para herdar o Centro Pop com a mesma precisão com que se escolhe o sabor da pizza no fim da reunião, qualquer coisa serve, desde que não demore.

No fim das contas, a mensagem ficou clara: diálogo é bem-vindo; desde que ninguém discorde do secretário.

“Crise na Câmara: entre os 2,5 milhões devolvidos e os trocados que faltam pro cafezinho”

Mais um capítulo da novela “Câmara em Chamas” foi ao ar nesta quinta-feira (29) com o vereador Fábio Araújo (MDB) soltando o verbo e quase pedindo música no Fantástico.

Segundo Araújo, a crise financeira alegada pelo presidente Joabe Lira (PP) é tão misteriosa quanto a senha do Wi-Fi da Casa: todo mundo fala dela, mas ninguém vê funcionar.

Falta de ferro

Araújo, com a memória de elefante e o rancor de quem ainda sente saudade da própria gestão, lembrou que deixou R$ 2,5 milhões de troco no cofre antes de sair.

Um gesto nobre, segundo ele, que comprova a “saúde financeira” da Câmara na época — embora hoje o caixa pareça estar com anemia severa, que nem uma boa dieta com fígado de boi tem o poder de curar.

Desapegue, pois!

A crítica mais ácida veio no estilo “se não sabe brincar, desce da presidência”. Fábio sugeriu que Lira peça pra sair, uma forma sutil de dizer "largue o osso".

Também acusou o colega de adotar a velha tática do político em apuros: culpar o antecessor por qualquer coisa, da crise até o ar-condicionado quebrado.

Budismo em alta

Enquanto isso, Joabe Lira, sereno como um monge sob pressão, preferiu não se estender muito — apenas garantiu que está tudo sob controle.

Só não especificou de que controle ele estava falando: o remoto? O de danos? Ou aquele que a prefeitura ainda não repassou?

E assim segue a Câmara de Rio Branco: rica em falas, pobre em consenso, e com orçamento que some e aparece conforme o ângulo e a saudade de quem o administra.

A cadeira da discórdia

Rolou uma reunião a portas fechadas entre o ex e o atual presidente da Câmara, Raimundo Neném e Joabe Lira. Dizem que saiu faísca, cara feia e promessa de prestação de contas.

Rufem os tambores!

Discreto e com fala mansa, Joabe jogou na mesa o incômodo com uma certa poltrona de luxo, adquirida na gestão de Neném.

Um verdadeiro trono real, onde o ex-presidente desfilava poses e egos.

A pergunta que todos fazem é se veio de algum império falido da Europa ou é herança de Pedro II, de tão imponente este assento do parlamento de uma cidade tão cheia de problemas.

Pato oneroso

Durante o arranca toco nada caloroso, Joabe Lira deixou claro que haverá prestação de contas sim, senhor! Inclusive da poltrona digna de sala VIP de aeroporto.

E já avisou que o tempo da ostentação acabou. Fosse só cadeira confortável, tudo bem.

Mas a conta chegou e Joabe tá com cara de quem não vai pagar o pato, muito menos o estofado.

Sargento vai de Novo

O ex-deputado Cadmiel Bomfim, eleito em 2018 pelo PSDB, está a um passo de transferir seu patrimônio político para o Partido Novo, de Emerson Jarude.

Sargento reformado da Polícia Militar do Acre e líder evangélico no Vale Tarauacá/Envira, Cadmiel não logrou êxito no pleito de 2022, mas não deixou a peteca cair e mantém seu alinhamento com as legendas de direita.

Combinou com o eleitorado?

Em 2024, Sargento Cadmiel disputou a Prefeitura de Feijó pelo União Brasil e ficou em terceiro lugar com 2.018 votos.

Toda a concorrência era da direita, portanto, um campo congestionado de jogadores.

Mas, Cadmiel está convicto de que para voltar à Aleac em 2026 poderá contar com pelo menos 1.500 votos de cada um de seus redutos eleitorais: a Assembleia de Deus, a Polícia Militar e o eleitor de Feijó.

A estratégia faz lembrar a pergunta do genial jogador Mané Garrincha ao treinador João Saldanha quando ouviu sua tática para vencer a Rússia: “Combinou com os russos?”.

Boi no bingo

Começa neste sábado, 30, e segue até domingo, 1º de junho, o Arraiá do Hosmac, situado na Estrada da Sobral, bairro Aeroporto Velho

O gerente do tradicional e essencial estabelecimento, Carlos Cardoso Modesto, comunica que no ponto alto da festa será sorteado um boi inteiro no jogo do bingo.

A festa vai rolar no pátio externo do hospital, na Avenida Sobral, 663.

Adeus capas

A friagem intensa prometida pelo Friale não foi intensa e nem tampouco duradoura, pois já neste domingo as capas voltam para o baú e as naftalinas com mínima de 21 e máxima de 28 graus.