Em um país onde mais de 40 entre 100 eleitores dependem do governo para colocar comida na mesa, quem garantir a melhor proposta para corrigir tamanha distorção social, certamente, sairá vitorioso no primeiro e segundo turno das eleições. O programa eleitoral de rádio e tv é uma ótima oportunidade para que os candidatos majoritários apresentem seus projetos.
Não é por acaso que Bolsonaro e Lula prometem manter o auxílio Brasil de R$ 600. Suas assessorias reforçam essa mensagem nas inserções de trinta segundos que cada federação tem direito e que vai ao ar em horário nobre. O marketing aposta no rádio, onde as ondas sonoras atingem os públicos C e D. Segundo pesquisa do DataFolha, quem é atendido por algum auxílio do governo federal está mais otimista. E essa é a massa que vai decidir a eleição tanto de presidente, como de governadores.
Preços, créditos e geração de emprego estão entre as buscas mais acessadas pelo google durante o horário eleitoral e os debates.
É aí que entra em cena aquele cidadão que cai de paraquedas em seu estado, anda de sandálias havaianas pelas calçadas, usa óculo escuro, toma cervejinha gelada no botequim, o famoso marqueteiro. Digamos que um cabo eleitoral mais organizado, com dados de pesquisas qualitativas nas mãos e um discurso pronto para seu cliente. Ele é considerado “o cara que pensa”, capaz de construir uma fábrica de ilusionismo parecida com a de David Copperfield.
Mas, na vida real, quem realmente vai garantir mais alimentos na mesa?
O eleitor precisa ficar muito atento para não comprar gato por lebre. O velho ditado diz que: “esmola grande, cego desconfia”. Tem candidato prometendo melhorar a vida do povo acreano, que, na verdade, em 20 anos no poder, melhorou a própria vida. Tem duas aposentadorias gordas – das quais ele não abre mão de uma – ambas beiram os R$ 50 mil/mês. Não investiu um centavo em geração de emprego e renda no Acre.
Regionalizando esse debate econômico, a situação do candidato à reeleição, Gladson Cameli, de acordo aos indicadores econômicos é confortável.
Com relação ao desemprego, a taxa de desocupação do Acre governado por Cameli foi a sexta melhor entre os 22 estados no mês de agosto, recuo de 2,9% com relação ao trimestre anterior.
O que isso significa?
Que 333 mil acreanos estão com ocupação nos últimos três meses. O setor privado, emprega 113 mil desse total. Têm-se muito o que comemorar.
Não precisa ser nenhum especialista em economia para saber que isso é fruto do superavit da balança comercial, dos empregos gerados no campo pelo avanço do agro. A soja, o milho, o café. Diferente de vinte anos, nunca se produziu tantas riquezas nesse estado. E não é apenas o grande produtor, o atual governo possibilitou que a agricultura familiar tenha seu ganha-pão no campo, com culturas das mais diversificadas gerando riquezas para as cidades.
Tem outra excelente notícia nesse cafezinho quente: a violência deixou de ser a maior preocupação dos brasileiros. E nisso o Acre também tem o que comemorar, foi o estado com a maior queda no número de mortes violentas em todo o país, comparando 2020 e 2021. Os dados fazem parte do Monitor da Violência.
Não dá pra tocar o certo pelo duvidoso.
Jairo Carioca é jornalista, assessor de imprensa e estar coordenador da Rede Aldeia de Rádios FM.