Considerado como um “quebrador de protocolos”, o governador Gladson Cameli está se saindo um verdadeiro pé de valsa!
Ao ser recebido com festa na casa do senhor Dedé, no coração do rio Croa, em Cruzeiro do Sul, ele não hesitou: puxou uma das integrantes da caravana que o acompanhou na agenda de implantação da inclusão digital na comunidade e com passos sincronizados, mandou muito bem “o xote dos milagres” do cantor Fala Mansa, arrastando aplausos dos presentes.
Ele não roubou a cena. Desde a descida da embarcação que foi abraçado pelas “minhas autoridades”, como ele chama as crianças e, por líderes da região que faziam questão de fazer selfies com o governador.
O clima de 23º colaborou com a agenda longe dos longos protocolos de cerimonial, do jeito que ele gosta. Também não tinha nenhum script a seguir, a não ser a inspiração através das belas paisagens que a natureza do croa oferece.
“Cuidem desse paraíso”, disse o governador se referindo ao rio de águas escuras e calmas, cercado pelo verde intenso das árvores e pela rica vida silvestre.
Tanta leveza permitiu que o chefe do executivo fizesse uma longa sessão de fotografias com praticamente todos os moradores e até assessores. Eu não perdi a oportunidade.
Acompanhando a agenda do governador desde a última sexta-feira, em Cruzeiro do Sul, confesso que me senti bem ao vê-lo sorridente e muito à vontade.
Foi assim na assinatura do termo de fomento em apoio ao Novenário de Nossa Senhora da Glória. Depois na abertura do Ideathon – maratona de inovações – em agenda ligada a inovação tecnológica, estratégias de novos negócios da SEICT.
Antes do peixe servido na folha de bananeira, Cameli ainda autorizou as “autoridades” darem uma volta na lancha do Corpo de Bombeiros.
“Volto daqui revitalizado”, concluiu Cameli.
O Acre também se renova com tanto otimismo. O governador vai levar as imagens do Croa ao seu compromisso ambiental em Washigton. É uma demonstração de que investimento em infraestrutura e criação de redes comunitárias sustentáveis é um modelo que deve ser seguido, ajudando a tirar do isolamento tantas comunidades no meio dessa imensa selva amazônica, oportunizando-as mais qualidade de vida com respeito ao meio ambiente.
“Não é hora pra chorar, também não é pecado eu falar de amor”, diz o xote dos milagres.
Jairo Carioca é jornalista, assessor de imprensa e escreve semanalmente para o NH.