A pandemia da Covid-19 causou prejuízos inimagináveis aos empresários do setor fitness e esportivos. Os proprietários de academias, fechadas desde março por decisão do Governo do Acre, estão sentindo na pele o impacto negativo de manter as portas fechadas nesse período.
Enquanto o governo sinaliza que deve prorrogar mais uma vez, na próxima semana, o decreto que suspende atividades não essenciais, incluindo as academias, os empresários se organizam para tentar convencer as autoridades de que estão aptas e em condições de funcionamento, sem colocar os alunos em risco.
O professor João Paulo Nascimento, coordenador da Via Academia, de Rio Branco, é direto em negar que a movimentação das empresas tenha o objetivo de burlar ou desobedecer as ordens do poder público. Muito pelo contrário, visam tranquilizar os clientes sobre o futuro das atividades, quando for permitido o funcionamento.
“As pessoas viram esse movimento, essa live, e entenderam que era uma forma de desobedecer o decreto, de abrir as portas de qualquer jeito. Na verdade, queremos deixar claro que as academias têm condições de funcionamento com segurança aos alunos, sem deixa-los em risco de serem contaminados”, explica.
Seguindo o exemplo de Santa Catarina, o primeiro estado a liberar o funcionamento de academias, por exemplo, as empresas no Acre tentam demonstrar que é possível garantir o distanciamento dentro das academias, bem como condições sanitárias de higiene para que os usuários utilizem com tranquilidade os equipamentos.
“É simplesmente para comunicar a todos que as academias estão preparadas para receber o aluno de acordo com as normas da OMS e do Ministério da Saúde. Nossa live é apenas para isso. Não é para derrubar decreto ou algo do tipo. As academias estão aptas com álcool em gel, equipamentos distantes, e profissionais com equipamentos de proteção. Podemos até limitar os alunos por hora de funcionamento”, comenta Alan Pinheiro, da Bluefit Academia.