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Acre entra em estado de alerta com previsão de seca severa e intensificação dos extremos climáticos na Amazônia

Acre entra em estado de alerta com previsão de seca severa e intensificação dos extremos climáticos na Amazônia

Com a chegada do verão amazônico, o Acre se prepara para enfrentar mais uma temporada de seca intensa. O cenário acende um alerta preocupante entre autoridades ambientais e da defesa civil, que observam um padrão climático cada vez mais extremo na região. Estiagens prolongadas, queimadas e enchentes tendem a se alternar em um ciclo que especialistas já consideram crônico; intensificado pela contínua degradação ambiental nas áreas de nascente e margens dos rios. Nesta terça-feira, 1°, o nível do Rio Acre marcou 2,03 metros em Rio Branco.

Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), as previsões apontam para uma redução de até 40% no volume de chuvas na região amazônica nos próximos 16 anos. O dado é considerado alarmante, especialmente diante da fragilidade hídrica de muitos municípios. O principal fator: o desmatamento ilegal em áreas sensíveis do bioma amazônico, que compromete diretamente o equilíbrio hidrológico dos rios.

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De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento das matas ciliares dificulta a absorção da água da chuva pelo solo, tornando os rios mais suscetíveis a transbordamentos durante o inverno e, ao mesmo tempo, menos capazes de manter seus volumes na seca. O resultado é um efeito bumerangue climático, com alternância de extremos cada vez mais destrutivos.

Neste início de julho, o nível do rio Acre está abaixo dos três metros; um indicativo de que a estiagem será rigorosa. O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Antônio Carlos Batista, já anunciou a distribuição de kits de combate a incêndios para prefeituras e informou que o Gabinete de Crise já articula ações integradas com os 22 municípios acreanos.