Dados do Censo Escolar 2018, do Instituto Nacional Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que o Acre tem um dos piores índices quando o assunto é coleta de lixo, rede de água e esgoto.
Apenas 23% das escolas do Estado têm água potável nas torneiras. A cada 10 escolas, uma apenas está ligada à rede de esgoto. Quando assunto é coleta de lixo, que tem as prefeituras como responsáveis, o percentual é de 37% dos estabelecimentos atendidos pela coleta periódica. Ou seja, 63% das escolas do Acre não contam com a coleta de lixo de forma periódica.
As informações foram reveladas em um levantamento foi pelo jornal O Globo neste domingo em reportagem intitulada “Metade dos colégios brasileiros não tem rede de esgoto”.
A reportagem faz um comparativo entre as duas realidades. No Rio, a coleta de lixo atende a 99% das escolas, água potável 90% e rede de esgoto 85%.
A reportagem cita ainda duas escolas acreanas. A Escola Municipal Anice Dib Jatene, que conta atualmente com rede de esgoto e água potável e a Escola Marilene Mansour que enfrenta problemas nos três itens elencados no texto acima.
O Globo faz uma relação resultado do Ideb x falta de infraestrutura nas escolas do Acre. E aponta que o baixo desempenho de algumas escolas pode estar relacionada sim, à falta de infraestrutura.
“A relação entre a falta de infraestrutura básica nos colégios e o baixo desempenho escolar é confirmada pelas estatísticas. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da capital do Acre, Rio Branco, para os anos iniciais do ensino fundamental, é de 6,4. O indicador considera três fatores na avaliação: a Prova Brasil, realizada pelos estudantes ao final de cada segmento, a qualificação técnica dos professores e a infraestrutura da escola. Não por coincidência, a pior nota do Ideb na mesma cidade é da Escola Marilene Mansour, com 5,4. O colégio não tem rede de esgoto, apenas fossas”, diz trecho da reportagem assinada Raphael Kapa.