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Após denúncia de nepotismo, ex-presidente da Apae de Rio Branco solicita intervenção da Federação das Apaes do Acre na entidade da Capital

Após denúncia de nepotismo, ex-presidente da Apae de Rio Branco solicita intervenção da Federação das Apaes do Acre na entidade da Capital

A presidente da Federação das APAES do Estado do Acre (Feapaes-AC), Cecília Garcia Lima, solicitou na quinta-feira, 30, em caráter de urgência, a intervenção da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Rio Branco. O pedido vem após uma denúncia anônima, que está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), sobre supostas irregularidades durante a gestão de Cecília à frente da instituição de ensino especial na Capital acreana.

De acordo com a denúncia, recursos públicos, oriundos de um convênio firmado entre a Apae e a Prefeitura de Rio Branco, estariam sendo utilizados de forma inadequada. O convênio, que prevê um repasse mensal de R$ 26 mil, tem como objetivo a manutenção do prédio e o pagamento de salários dos servidores da instituição.

No entanto, a suspeita é de que parte desses recursos tenha sido direcionada para pagar serviços prestados por familiares de Cecília, incluindo sua filha, Poliana Garcia Lima de Souza, arquiteta, que já foi presidente do Saerb, na primeira gestão do prefeito Bocalom, e outra filha, Priscila Garcia, que realizava atendimentos médicos semanais na instituição.

O MPAC iniciou uma investigação para apurar se houve desvio de recursos públicos e a prática de nepotismo na gestão da Apae de Rio Branco. A promotora responsável pelo caso, Laura Cristina de Almeida Miranda, requisitou todos os documentos referentes ao convênio, que foram entregues pela atual diretora da Apae, Maria do Carmo Prismel, no último dia 23 de janeiro.

Em resposta às alegações, a Federação das Apaes do Acre, por meio de uma portaria datada de 30 de janeiro de 2025, decidiu intervir a Apae de Rio Branco. Segundo alega a presidente da Feapaes-AC, a intervenção, já na segunda-feira, 3, visa realizar uma reestruturação da instituição e revisar a documentação administrativa e fiscal, com o objetivo de garantir a legalidade das operações. A medida também inclui o afastamento da atual diretoria da Apae de Rio Branco e a nomeação de uma nova interventora, a advogada Izabel Cristina Contreiras Machado.

A intervenção será acompanhada por uma Comissão de Ética, composta por especialistas das áreas jurídica, administrativa e social, que deverão analisar a situação da instituição e recomendar as ações corretivas necessárias. Durante esse período, que terá duração de seis meses, será realizada uma auditoria minuciosa para identificar eventuais irregularidades na atual gestão. Vale ressaltar que não existe nenhuma denúncia em relação ao trabalho realizado pela atual presidência da Apae Rio Branco.