Até terça-feira (17) o Acre registrava, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 2.140 focos de incêndio. Esse número já é maior que o acumulado de todo o ano passado quando houve o registro oficial de 1.641 ocorrências.
Embora para o período a prática seja comum, apesar de criminosa, o que preocupa as autoridades da área ambiental é o volume. Por isso nesta sexta-feira (20), as secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente, o Corpo de Bombeiros, o Imac, o Batalhão Ambiental e o Ministério Público lançaram a Operação Fogo Zero.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Batista, disse que as pessoas precisam de uma vez por todas e entender que praticar queima é crime e prejudica a saúde, principalmente em um contexto de pandemia.
"Aquelas localidades que estão pegando fogo vamos buscar saber quem é o proprietário para que em cima disso a própria população e os proprietários de terrenos baldios criem aquele conceito de que realmente não pode queimar. Nós estamos passando por um problema sério por conta da pandemia, afeta as vias respiratórias, afeta a saúde das pessoas", lembra.
Welberlúcio D'Ávila, gerente de Fiscalização da Semeia
O gerente de Fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Welberlúcio D'Ávila, lembra que as pessoas podem colaborar fazendo denúncias por meio do 190.
Até fogo no fundo do quintal, lembra o gerente da Semeia, pode ser considerado crime ambiental e passível de multa.
"Aquele fogo em fundo de quintal que nossos tios nossos pais fazem é um valor menor, até R$ 4 mil. Já as multas em áreas maiores nós fazemos esse cálculo via hectare. A depender do hectare aumenta-se o valor da multa."
Após o lançamento do Fogo Zero, que aconteceu na sede do Corpo de Bombeiros, os representantes das instituições foram verificar de perto um incêndio em uma área de mata no antigo Distrito Industrial onde desde cedo o Corpo de Bombeiros trabalha para apagar o fogo.