A Associação de Bares do Acre publicou uma nota de repúdio na noite desta terça-feira, 26, contra o atual presidente da Abrasel seccional Acre (Associação dos Bares e Restaurantes), Paulo Brum, por causa de declarações feitas por ele no Gazeta Entrevista, da TV Gazeta. Paulo Brum defende que os empresários locais se reinventem, pegando exemplos de outros estados e apliquem em nossa região.
Durante a entrevista, Paulo destacou que alguns estabelecimentos foram fechados por descumprimento de regras.
“Desde que saiu o decreto de reabertura a gente fez todo um trabalho para estar dentro do que o decreto exigia. A gente fez até mais, só que a gente viu que não foram todos, muitos estavam descumprindo a capacidade, e até mesmo o horário, inclusive foram até fechados, e por conta disso, o certo acabou pagando pelo errado" disse o presidente da Abrasel.
Porém, de acordo com a nota da Associação dos Bares do Acre, Paulo Brum não tem legitimidade para representar a grande maioria dos empreendedores da categoria, especialmente o setor de bares e de entretenimento noturno.
Leia a nota na íntegra:
A Associação de Bares do Acre vem a público repudiar a atitude do senhor Paulo Brum da ABRASEL - Acre no programa Gazeta Entrevista, ressaltando que o mesmo não tem legitimidade para representar a grande maioria dos empreendedores dessa categoria no Acre, especialmente o setor de bares e de entretenimento noturno.
Cabe destacar que esse segmento emprega mais de 1000 famílias em todo o Estado do Acre, entre vínculos formais e informais, girando cerca de R$2 milhões/mês em receitas apenas na parte trabalhista(exclui-se da conta trabalhadores free-lancers e demais empregados terceirizados). Existe toda uma cadeia de negócios envolvendo o segmento de entretenimento noturno, indo desde fornecedores, locatários, intermediários, prestadores de serviços, dentre outros, o que aquece a economia, gera oportunidades e naturalmente ajuda na receita do estado, uma vez que esse setor é alvo de uma implacável carga burocrática e tributária.
É no mínimo uma falta de bom senso, falar em nome desse segmento sem se solidarizar com os desafios de empreender nessa área. Especialmente quando somos posicionados na condição de pagadores de uma conta, que já estava comprovada que não é ocasionada unicamente por conta da nossa atividade.
Cotidianamente observamos filas em bancos, transporte público superlotado, aglomerações em diversos setores do comércio, filas em supermercados, dentre outros, e por qual motivo o nosso setor é o único penalizado?
É fácil falar de coerência quando não se está falando de uma dor. É fácil assumir uma postura moralista, quando a hipocrisia embasa os argumentos. Queremos respeito, Queremos o mesmo tratamento que todos. Queremos trabalhar!
Atenciosamente,
Associação de Bares Acre!