Obrigado a viver em quarentena em maio à crise do coronavírus o consumidor acreano sente no bolso o aumento dos preços de diversos produtos nas prateleiras dos supermercados. A reclamação é geral.
O feijão teve uma alta entre 25% e 35% e o alho uma elevação de 30% a 35%. O preço do leite Longa Vida aumentou entre 15% e 40%.
A mesma coisa ocorre com a farinha de trigo, o arroz e o ovo.
Ao Notícias da Hora, o presidente da Associação Acreana dos Supermercados, Andem Araújo, diz que vários fatores explicam o aumento nos preços, entre eles a variação do dólar e a desvalorização do real ante a moeda americana, além do período da entressafra.
No caso do alho a explicação é o atual período da entressafra no Brasil e a queda na importação do produto. Após a pandemia do coronavírus, a China, maior produtora de alho do mundo, diminuiu o volume de exportação.
Já o aumento no preço do leite Longa Vida ocorre em função da "especulação das indústrias".
"O alho está na entressafra e é importado da China, e a China não conseguiu exportar o que exportava por causa da pandemia; a variação do dólar foi decisiva nesses dois meses. A farinha de trigo foi outro produto que subiu também porque é um produto importado e nós tivemos problema na safra no Brasil. Só vai voltar a ter alho normalmente a partir de junho. O arroz aumentou um pouco e está aumentando ainda. Ovos também teve um aumento por conta da Quaresma, e acredito que volte a lei da oferta e da demanda, neste caso normal neste período. Vale lembrar que supermercado não produz, ele repassa e tem que colocar os custos para sobreviver", conclui Adem Araújo.