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Camelôs que tiveram barracas demolidas fecham avenida Ceará em protesto: "Queremos trabalhar"

Camelôs que tiveram barracas demolidas fecham avenida Ceará em protesto: "Queremos trabalhar"

Camelôs que tiveram suas barracas destruídas por fiscais da prefeitura de Rio Branco no Calçadão da Benjamin Constant, na noite do último sábado (15), fecharam o cruzamento da avenida Ceará com a rua Marechal Deodoro, no centro de Rio Branco, nesta segunda-feira (17) em protesto contra a ação do Município. Os comerciantes pedem ao prefeito Tião Bocalom que providencie um espaço de trabalho para eles.

O bloqueio das duas vias ocasiona congestionamento no centro de Rio Branco. Os manifestantes erguem cartazes em protesto e gritam "queremos trabalhar".

Ao Notícias da Hora, o presidente do Sindicato dos Camelôs, José Carlos Juruna, disse na noite deste domingo (16) que a prefeitura de Rio Branco errou ao não realocar os comerciantes do Calçadão da Benjamin Constant em outros espaços antes de demolir as barracas.

A ação dos fiscais do Município a mando do prefeito da capital gerou revolta nos comerciantes. Juruna afirmou ao Notícias da Hora que há pelo menos 37 locais disponíveis na região do comércio popular que podem amparar os camelôs, porém a prefeitura não se antecipou para evitar a insatisfação dos trabalhadores.

"Tem algumas pessoas que realmente não tem espaço. Houve uma reunião coordenada pelo coronel Bino (chefe do Gabinete Militar), onde eu participei e a gente passou para a prefeitura realocar aquele pessoal. Tem espaço. Nós temos 20 espaços no corredor do Cereais, temos 11 espaços no Aquiri Shopping, temos seis na Quintino Bocaiúva na Praça do Passeio. Dá 37 espaços. É possível alocar. Cabe à prefeitura fazer esse trabalho. Só que isso era para ter sido feito antes, antes de ser demolido", disse o presidente do Sindicato dos Camelôs.

FECHA2

O que diz a prefeitura

Em nota, a prefeitura informou que "cem por cento dos camelôs instalados naquele local até dezembro do ano passado foram contemplados com lojas no Aquiri Shopping e outras pessoas se instalaram no espaço comercial porque as lojas na foram removidas e passaram a pagar aluguel, de forma irregular, aos antigos permissionários".

"A atual gestão, em respeito a estes trabalhadores, promoveu duas reuniões com a comissão que os representa e propôs a saída negociada do local, comprometendo-se em apresentar uma solução em até 30 dias, período em que fará um levantamento detalhado sobre a condição de cada camelô, procurando identificar aqueles que realmente estão necessitados e que não foram contemplados com lojas no Aquiri Shopping. A não remoção daquelas barracas tem elevado a tensão no local, tendo em vista que os outros comerciantes presentes na região exigem a retirada das mesmas", afirma a prefeitura de Rio Branco.

 

Incômodo no Aquiri Shopping e reorganização

A manutenção de lojistas no Calçadão tem incomodado comerciantes do Aquiri Shopping, segundo a prefeitura.

Alguns deles ameaçam descer com suas mercadorias para o Calçadão caso a remoção não ocorra, pois a presença das barracas inviabiliza as vendas no shopping, razão pela qual até o Sindicato dos Camelôs, por meio de ofício à prefeitura, pediu a remoção.

"A retirada das referidas barracas faz parte do processo de reorganização do Calçadão da Benjamin Constant, com vistas ao projeto de revitalização que ocorrerá em breve naquela região", reforça a prefeitura.