A tradição católica de visitar os mortos no Dia de Finados ainda vive intensamente entre os cristãos acreanos. No Cemitério São João Batista, em Rio Branco, o maior da cidade em número de sepultamentos, cerca de 15 mil pessoas são esperadas nesta terça-feira, dia 2 de novembro. Além da missão católica, evangélicos também se movimentam para um apoio espiritual dos que chegam ao cemitério.
Em toda a Rio Branco, os cemitérios devem receber cerca de 35 mil pessoas, segundo estima a Secretaria Municipal de Zeladoria da Cidade (SMZC). No São João Batosta, mais de 20 mil corpos estão enterrados. Na sequência, os cemitérios Jardim da Saudade e Morada da Paz, este último privado, completam o ranking.
“É o momento em que me conecto com meus pais, meu filho e irmão, aqui nesse lugar. São 20 anos de visitação e sempre que venho me lembro, mais fortemente, do que vivi com eles. Vivo a vida com gás, mas não esqueço-me daqueles com quem tive bons momentos. É um momento de reviver o luto, mas de trazer esperança e amor também para quem vive”, comenta a professora Maria de Fátima Azambuja.
Como todos os anos, uma missa foi realizada às 8h, para ministrar uma palavra bíblica aos que foram até o cemitério. O mesmo acontece nos demais cemitérios da capital acreana. A cerimônia foi realizada pelo padre Manoel Monte, retiro da Catedral Nossa Senhora de Nazaré, sede da Igreja Católica na cidade. Cerca de 150 pessoas acompanharam a celebração. A movimentação ocorre no loca desde as 6 horas e deve permanecer intensa até o final da tarde.
“Ao mesmo tempo em que lembramos a morte, lembramos da esperança na vida. Queremos colocar na presença de Deus, para que o Senhor venha ao nosso encontro. Temos necessidade e perdão do Senhor. Temos misericórdia. Esse é um dia importante para os cristãos”, pontuou o sacerdote católico.