Após a vazante do igarapé São Francisco o cenário é de guerra no final da tarde deste sábado na região dos bairros Procon e Raimundo Melo. Além de comerciantes, moradores que foram pegos de surpresa com o repiquete, contabilizam prejuízos e lamentam o fato de não terem sido avisados do risco de inundação.
Parte da avenida Getúlio Vargas que dá acesso à ponte sobre o igarapé São Francisco continua interditada com pilhas de entulhos nas fachadas comerciais e centenas de moradores fazendo a limpeza de suas casas. Máquinas e caminhões da prefeitura estão no local auxiliando a retirada dos moveis e entulhos.
“Não sabemos ainda o tamanho do prejuízo, tem amigos que perderam tudo. Fomos avisados pela defesa civil que não haveria inundação, confiamos nos especialistas e deu no que você está vendo” disse um comerciante que preferiu não ter o nome revelado.
Moradores como dona Antônia Feitosa reclamam que tiveram que passar a noite vigiando suas casas. “Aqui não apareceu um policial, ficamos no escuro servindo de vigia”, acrescentou a dona de casa. As ruas paralelas a Getúlio Vargas – principal avenida da capital, estão tomadas por moveis perdidos com a inundação.
Até agora não apareceu ninguém para informar que tipo de ajuda vão nos dá, nem prefeitura e nem governo. Pelas redes sociais, é tudo maravilha, mas, na prática, somos nós que estamos com a mão na massa” disse outro empresário.
O secretário municipal de cuidados com a cidade, Joabe Lira, ouvia pacientemente os moradores. Ele coordena a limpeza na área nas ruas onde a baixa do igarapé permite ação do poder público.
