Já são 10 anos e 8 meses de uma história de amor ao próximo. Em abril de 2001, José Muniz de Oliveira dava início ao Centro de Recuperação Caminho de Luz com um único objetivo: ajudar quem está perdendo a luta contra a dependência química.
A Associação filantrópica, portanto, sem fins lucrativos, atua por meio de suas casas de acolhimento e centro de recuperação promovem tratamento teraupêtico à quem se libertar do terrível que é dependência, seja do álcool ou de outras drogas.
O tratamento tem por iniciativa promover a saúde preventiva e curativa, buscando a inclusão social das pessoas que fazem se tratamento, por meio da educação, capacitação e profissionalização. Outro objetivo é melhorar a qualidade de vida das famílias e resgatar a dignidade humana.
Apesar do trabalho reconhecido e tendo como princípio nunca deixar de atender à nenhuma pessoa que precisa de apoio, o projeto passa por dificuldades. Há dois anos, um convênio com o governo do estado que era extremamente importante para a manutenção das atividades foi suspenso. Atualmente, a principal fonte de renda é a comercialização de produtos, como bombons e castanhas cristalizadas que são vendidas pelas ruas de Rio Branco.
“Esse convênio era muito importante. Hoje, todos os nossos setores passam por dificuldades, desde a alimentação até o pagamento dos monitores. Mesmo assim, procuramos nunca deixar de atender quem precisa. O que nos ajuda a manter é a venda dos nossos produtos que são fabricados aqui mesmo pela comunidade”, diz José Muniz.
Em cada rosto que se encontra no centro de recuperação, histórias de superação, de renascimento e de muita emoção. São pessoas que um dia tiveram uma mão estendida em um momento decisivo para suas vidas e que hoje ajudam outras pessoas em situação de risco.
Paulo Sérgio Rocha é um exemplo. Anos atrás, chegou em uma das unidades do programa completamente dominado pelas drogas e pelo álcool. Após quatro anos sóbrio, livre do vício, a forma de agradecimento é ajudando outros que precisam de uma oportunidade. “Eu nunca morei na rua, mas já usava drogas e tinha como maior vício a bebida. Aqui fui muito bem acolhido e graças à Deus estou há 4 anos sóbrio. Mesmo tendo recebido alta, eu preferi ficar aqui e ajudar outras pessoas. Agora, faço o monitoramento e faço as vendas. Fazemos bombons, de gengibre, xaropes, castanha. Essa venda é importante para manter a casa”, afirma Paulo.
Umas das preocupações da casa de apoio e recuperação é que as pessoas, os fazer com que os ex-dependentes químicos tenham oportunidades quando concluem o trabalho. Afinal, não adianta nada se livrar do vício, mas não conseguir sobreviver fora da cadeia. Neste caso, a importante parceria vem por meio da prefeitura de Rio Branco, com a oferta de educação de jovens e adultos.
“São pessoas que chegam aqui no centro e nós aproveitamos e realizamos o trabalho educacional que vai desde a alfabetização até o nono ano, antigo primeiro grau. Hoje, temos duas turmas de alunos e mesmo na pandemia eles estão sendo atendidos em um formato onde eles recebem o material, fazem as tarefas e as provas”, esclarece Evaldo dos Santos Viana, representante da prefeitura de Rio Branco.
Quem tiver interesse em ajudar o trabalho realizado pelo centro de recuperação pode procurar a unidade de tratamento. Lembrando que qualquer ajuda, inclusive a doação de alimentos é muito bem vinda.