Os oitos sindicatos da Saúde que comandam a greve do setor deflagrada nesta terça-feira (10) rebateram as declarações do governo feitas em nota que diz que a paralisação tem cunho político. A nota governo também se solidariza ao secretário adjunto de Saúde, Coronel Jorge Rezende, envolvido em uma confusão com os servidores durante um ato no saguão da sede da Sesacre.
Os sindicatos, que são encabeçados pelo Sintesac, o maior da Saúde, afirmam que lamentam as trocas de empurrões e agressões durante a manifestação, mas pontuam que os servidores têm todo o direito de paralisar suas atividades, conforme prevê a lei.
Eles afirmam que o protesto foi ordeiro e que "o tumulto foi provocado pela truculência do Secretário adjunto Jorge Fernando Rezende, que impediu os representantes sindicais de acessarem os andares superiores da Sesacre, com o objetivo de encorajar os servidores do prédio para aderirem ao movimento, porquanto surgiram suspeitas de que os mesmos estavam sendo constrangidos a não descerem para o movimento".
Ainda segundo a nota dos sindicatos, "a discussão com o deputado Jenilson Leite iniciou após ouvirmos o Coronel Resende xingar os servidores de vagabundos, o que a todos revoltou".
O comando da greve afirma que todos os diálogos com o governo estão encerrados até que propostas concretas, não promessas, sejam apresentadas.
Em nota assinada pelo secretário de Relações Políticas e Institucionais, Alysson Bestene, divulgada na tarde desta terça-feira, o governo repudiou o que considera "a inclusão de movimento político-partidário nas supostas manifestações do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sintesac)".
Os servidores pedem melhores condições de trabalho. Eles reclamam do déficit de cinco mil trabalhadores, falta de materiais, leitos e equipamentos; pedem a reformulação do Plano de Carreira, reformulação do Pró-Saúde e criação da etapa alimentação.