Um comerciante do Carnaval da Família ficou ferido na cabeça nesta terça-feira, dia 21, após ser agredido por um segurança encapuzado da VIP Segurança, que está trabalhando dentro da arena carnavalesca. A confusão foi presenciada por cerca de 70 pessoas que estavam acessando o carnaval ou comendo nas barracas montadas pelo governo. A Comissão de Organização do evento também foi mobilizada às pressas para controlar o bate-boca.
Segundo a empreendedora Izete Silva, de 42 anos, esposa do comerciante ferido Adaildo Gomes, que tem 41 anos, o marido é diabético e estava tentando tirar de dentro do espaço os equipamentos da barraca que já não funcionaria mais nesta noite em razão da baixa movimentação na festa. O segurança encapuzado foi “mandado para casa” após a confusão e o Notícias da Hora não conseguiu ouvi-lo sobre o incidente.
O veículo da família ficou parado próximo às barracas após a confusão e a família temia retirar o carro devido ao número de seguranças ao redor do carro. “Ele está com a cabeça ferida, saiu muito sangue e fiquei suja porque tudo foi muito rápido. Ele tirou o meu marido do carro, mandou ele sair, e deu um tapa nele, que o Adaildo caiu no chão, bateu a cabeça e começou a sangrar muito. Eles são truculentos, são grossos. Nem a polícia trata a gente assim, é todo mundo muito educado. Um absurdo o que fizeram com o meu marido”, relata a esposa da vítima.
Um servidor da Secretaria de Empreendedorismo e Turismo do Acre (SEICETUR) confirmou a confusão, mas esclareceu que segundo a empresa contratada o homem teria agredido um dos profissionais com palavras de baixa calão e utilizando-se de uma garrafa de bebida alcoólica. Sem gravar entrevista, o servidor, que integra a comissão de organização, amenizou dizendo que a situação já estava controlada e que todos estavam sendo ouvidor. Além disso, sem polemizar, apontou que o Samu estaria atendendo a vítima.
Outra comerciante, chamada de Maria Helize, confirma que o segurança foi agressivo e forçou o homem a descer do carro. Segundo a cozinheira, mesmo com os outros comerciantes e cidadãos pedindo que ele parasse, o segurança, arrodeado de outros profissionais, seguiu com as agressões. Adaildo precisou ser levado para o Proto-Socorro de Rio Branco, para receber atendimento especializado.
“Eu mesma fui lá e pedi, mas ele não parou. Começou uma comissão grande, rápido ficou muita gente ao redor mandando ele parar com aquilo, porque somos trabalhadores, mas ele não parou e mandou o senhor sair do carro. Ontem ele já tinha dito que ia pegar todas as coisas dele, porque o movimento estava devagar. Não tinha nenhum problema em ele entrar com o carro e tirar tudo dentro. Palhaçada isso. Esse seguranças querem ser a própria polícia aqui dentro. Isso está errado!”, alega Maria.