Os comerciantes que atuam no Novo Mercado Velho, Centro de de Rio Branco, estão preocupados com o impacto das obras na região. De acordo com relatos, as vendas caíram drasticamente nos últimos meses, chegando a uma redução de até 80% para alguns empreendedores. Mesmo com as intervenções estruturais em andamento, os lojistas reforçam que o mercado segue funcionando normalmente e pedem que a população continue frequentando o espaço.
O comerciante João Neto, da loja Lembranças do Acre (@lembrançasdoacre), que trabalha no local há 13 anos, destaca que, apesar das dificuldades, o mercado permanece aberto ao público.
“Primeiro de tudo, quero informar que o Novo Mercado Velho está funcionando normalmente, apesar de algumas lojas terem sido interditadas, como as da encosta do rio. Mas aqui dentro do mercado, a parte da alimentação, de lembranças, e a feira das plantas estão operando normalmente. Trabalhamos das 8h às 18h, de segunda a sábado. Só não abrimos aos domingos”, esclarece o comerciante.
Ele ainda faz um apelo para que os veículos de comunicação ajudem a divulgar a informação correta sobre o funcionamento do mercado, pois há uma falsa impressão de que o local foi fechado devido às obras.
Além da queda no movimento, os comerciantes estão preocupados com a demora na conclusão das obras e os riscos estruturais na região. Neto lembra que a intervenção já deveria ter sido feita há três anos e alerta para o risco de desabamento na área do calçadão.
“Essa obra já era para ter sido feita há três anos. No ano passado, fizeram um reparo no calçadão, mas parece que piorou a situação. O
desbarrancamento agora tem mais de dois metros de altura e a ponte está sob risco de queda. A gente não sabe nem se vai aguentar essa enxurrada que está vindo”, alerta o comerciante.
Os comerciantes que trabalham com alimentação também sofrem com os efeitos da obra. Judite Costa da Silva, que possui uma pensão no mercado, afirma que suas vendas ‘despencaram’ nos últimos meses. “Está cada dia mais difícil. As vendas de comida caíram 80%. Está difícil para sobreviver”, desabafa.