Em alusão ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) promoveu um evento especial nesta sexta-feira, 26, que contou com a participação da Apae Rio Branco. O ponto alto foi a apresentação do coral de alunos da instituição, que emocionou o público presente.
Durante o evento, a presidente da Apae Rio Branco, Maria do Carmo Pismel, conhecida como Carminha, destacou a trajetória da instituição, fundada em 1981 e que completou 44 anos de atividades em julho. Em sua fala, ela ressaltou os avanços e também as dificuldades ainda enfrentadas no campo da inclusão.
“É profundo o sentimento de gratidão que hoje representa a Apae Rio Branco. São 44 anos de história promovendo inclusão, cidadania e dignidade às pessoas com deficiência e suas famílias. Mas ainda enfrentamos muitas barreiras de acessibilidade. Temos projetos aprovados, promessas feitas, mas que até agora não saíram do papel. Seguimos lutando para que a inclusão seja de fato uma realidade”, afirmou Carminha.
O diretor da Escola do Poder Judiciário (Esjud), desembargador Luís Camolez, também se pronunciou e reforçou a importância de ouvir os relatos de quem vive diariamente os desafios da acessibilidade.
“Como posso defender as causas de vocês sem conhecê-los? Julgar é uma coisa, fazer justiça é outra. Este evento foi importante porque trouxe depoimentos que nos mostram na prática o que precisa ser mudado. Quando cheguei à escola, percebi que a rampa era inclinada demais, impraticável para cadeirantes. Já determinei que o setor de engenharia faça as correções. A acessibilidade não pode ser apenas um discurso, precisa ser vivida”, destacou o desembargador.
O magistrado reforçou ainda que a Esjud deve ser uma instituição voltada à comunidade e que iniciativas como essa fortalecem a busca por uma sociedade mais inclusiva e justa.