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De Plácido de Castro a Chico Mendes, políticos do Acre adulteraram a história para autopromoção

De Plácido de Castro a Chico Mendes, políticos do Acre adulteraram a história para autopromoção

"Revolução Acreana não passou de um conflito em defesa da propriedade e do monopólio", diz historiador, que também ataca romantismo sobre as figuras de Plácido de Castro e Chico Mendes

O sempre polêmico historiador Eduardo Carneiro, autor de diversos livros sobre a história do Acre, tem uma visão fora da casinha institucional sobre os fatos responsáveis pela construção do enredo da historiografia local.

Sobre a Revolução Acreana data relembrada neste 06 de agosto, e seu principal personagem, o gaúcho José Plácido de Castro, Eduardo Carneiro traz uma narrativa menos romântica e com um ar de realismo.

Abaixo a entrevista concedida pelo professor ao Notícias da Hora:

NH – Por que o 06 de Agosto?

Porque foi nesta data que as tropas acreanas tiveram sua primeira vitória sob a liderança de Plácido de Castro rumo à rendição boliviana. Como a historiografia oficial não gosta de enfatizar derrotas, deu-se importância secundária aos movimentos de resistência ao governo boliviano anteriores ao de Plácido de Castro, como por exemplo, aqueles liderados por José Carvalho (1899), Luiz Galvez (1899), Orlando Lopes e Rodrigo de Carvalho (1900).

NH – Qual a sua visão sobre os fatos ocorridos no 06 de agosto?

Em uma carta de 18 de junho de 1902, portanto, antes do início da “Revolução” do 06 de agosto, Rodrigo de Carvalho diz: “baldeamos a carga da Maria Thereza, a bordo dela vem o Dr. Gentil com armamento e um capitão com vinte e tantos soldados, comissionados pelo governador para fazer a revolução” (apud OURIQUE, 1907, p. 223, grifo nosso). Se levarmos em consideração que o próprio Plácido de Castro afirmou ter iniciado o combate contra os bolivianos em 6 de agosto de 1902 com apenas 33 homens (Cf. CASTRO, 2002, p. 56), fica fácil deduzirmos que o episódio inaugural da “Revolução Acreana” ou da “Grande Revolução” foi protagonizado por mercenários. Assim sendo, não foram os acreanos que lutaram por amor ao Brasil e sim mercenários que lutaram por amor ao dinheiro.

NH – O senhor quer dizer que a Revolução não foi feita por acreanos?

Primeiro de tudo, é bom esclarecer que, na época, não havia propriamente acreanos. Embora este gentílico já tenha sido usado desde o Estado Independente de Galvez, a construção identitária do ser acreano é um fenômeno simbólico construído a posteriori, ao longo do tempo. Segundo, todo processo de resistência à soberania estrangeira na região que hoje chamamos de Acre foi pensada e financiada por políticos e liberais de Manaus. Alguns dos brasileiros que residiam nos afluentes do Purus foram incorporados ao projeto de resistência, no entanto, isso não quer dizer que foram eles, os “acreanos” (brasileiros do Acre), os responsáveis pela “Revolução”.
Para os “barões da borracha”, “pouco lhes importa a procedência do herói. A sua origem. Ou sua moral. O que é preciso, e se impõe desesperadamente é salvar o Acre” (LIMA, 1998, p. 50). Zambrana (1904, p. 162) diz que “los revolucionários del Acre, comandados por Plácido de Castro [...] se hallaban situados en Caquetá [...] tenían bajo sus órdenes fuera de las tropas revolucionarias, unos cincuenta o sesenta hombres de la guarnición estadoal de Manaos” [grifo nosso]. Parece ser inegável que havia pessoas comissionadas nas tropas revolucionárias, ou seja, que ali estavam sem qualquer motivação patriótica ou compromisso ideológico.
Outro indício de mercenarismo é a considerável quantidade de estrangeiros nas tropas acreanas. Fato comprovado pela lista dos veteranos da “Revolução Acriana” produzida durante a feitura do Projeto de Lei que pretendia conceder pensão aos ex-combatentes (Lei Nº 380, de 10 de setembro de 1948). Fica difícil acreditar que esses estrangeiros, que mal haviam chegado ao Brasil, tenham empunhado armas para tornar o Acre o único Estado “brasileiro por opção”. Resumindo, é possível que a dita Revolução tenha iniciado mais por força dos “não-acreanos” (políticos e liberais de Manaus e mercenários contratados) do que propriamente dos acreanos.

NH – O que o senhor tem a dizer sobre as comemorações do 06 de agosto?

O 06 de agosto só passou a ser comemorado a partir de 1910. O que significa dizer que a data não assumiu importância que se dá hoje logo nos primeiros anos após a dita Revolução. Apenas quando Epaminondas Jácome, auxiliar médico das tropas de Plácido de Castro, foi nomeado prefeito do Departamento do Alto Acre, foi que, por força institucional, o “povo” passou a comemorar tal data. Quando prefeito, ele decretou feriado nas repartições públicas para as datas 6 de agosto e 24 de janeiro. Ou seja, a data ganha importância social de cima para baixo e não por iniciativa popular. Se o poder executivo hoje deixar de promover festas cívicas ou feriado nesta data, em menos de uma geração ela será esquecida na memória coletiva.

NH – O senhor concorda que o 06 de agosto seja realmente a data do início de tudo no Acre?

Não. O marco fundacional do Acre foi a expansão imperialista para a Amazônia. A escolha do 06 de agosto reflete um posicionamento episódico e provinciano do processo histórico. É preciso analisar a história para além da escala de observação local e regional. A história do Acre deve ser compreendida como um capítulo da história da expansão do capitalismo. A história do Acre não começa com a Revolução Acreana, muito menos com a migração nordestina para a região, mas com a expansão da Economia-Mundo Capitalista para o interior sul-ocidental amazônico. Começa com a inserção daquele reservatório natural de seringueira na cadeia produtivo-mercantil dos países imperialistas. Resumindo: o Acre foi gerado pelo imperialismo no ventre da ganância dos brasileiros que migraram para a região. Do ponto de vista jurídico, enquanto território nacional, nasceu de fato e de direito com o Tratado de Petrópolis (1903).

NH – Quais foram as causas da Revolução Acreana?

É triste dizer, mas a Revolução Acreana tanto enaltecida pela história e literatura oficiais não passou de um conflito armado em defesa da propriedade privada dos seringalistas e do monopólio da cobrança de impostos sobre a produção da borracha pelo Governo do Amazonas. Mas é óbvio que tais motivos jamais figurariam nos documentos oficiais escritos pelos líderes da dita “revolução”. Eles precisavam mobilizar a opinião pública nacional em favor da causa deles e, para isso, ardilosamente, fizeram uso abusivo das palavras pátria e patriotismo em seus discursos justificatórios. Afinal, era preciso beatificar aquela ação criminosa, sanguinária, classicista e interesseira com argumentos nobres e altruísta.

NH – Lutaram para ser brasileiros?

Ter brasileiros na região, não faz da região um território brasileiro. Assim como o bairro da Liberdade em São Paulo não deixa de ser brasileiro mesmo sediando a maior colônia japonesa do mundo. Os brasileiros não perderiam sua nacionalidade, apenas se tornariam estrangeiros em regiões bolivianas. Volto a dizer, que o que estava em jogo de fato era a nacionalidade do território, dos impostos e da borracha, portanto, o patriotismo não passava de uma artimanha retórica para mobilizar a opinião pública nacional em favor dos interesses fundiários dos seringalistas e das rendas fiscais do governo do Amazonas. E foi exatamente a defesa desses dois interesses que ocasionaram a chamada Revolução Acreana que, diga-se de passagem, não pôs fim a Questão do Acre, pelo contrário, apenas serviu para dar visibilidade nacional à mesma, além, é claro, de produzir dezenas de cadáveres.

NH – O senhor está querendo dizer que a tão comemorada Revolução Acreana não foi a responsável pela anexação do Acre ao Brasil?

Não sou eu quem diz, são as evidências históricas quem afirmam isso. Basta analisar os fatos sem o preciosismo típico da literatura acreanocentrica. Senão vejamos: a) independente do conceito de “Revolução Acreana”, quer seja todos os eventos de resistência ao governo boliviano, quer seja apenas aquele liderado militarmente por Plácido de Castro, ela nunca resultou na incorporação de um palmo de terra sequer ao Brasil, o máximo que fez foi tornar o Acre um país independente; b) a vitória militar obtida contra o “miúdo” exército boliviano pelas tropas acreanas em Puerto Alonso em janeiro de 1903 não foi definitiva, já que o próprio Presidente da Bolívia, juntamente com o seu Ministro de Guerra e tropas bolivianas, ameaçaram invadir a região; c) O Barão do Rio Branco, sabendo da repercussão negativa que a desforra poderia ocasionar ao governo federal, fez de tudo para evitar a carnificina, por isso que tratou logo de acordar um modus vivendis com o governo boliviano; d) a vitória militar parcial obtida pelos acreanos em janeiro de 1993 contra os bolivianos não representou o fim da Questão do Acre, pois o território já estava “arrendado” para o Bolivian Sindicate e, contra esse sindicato internacional, os acreanos pouco ou nada podiam fazer; além do mais, a Revolução, no máximo, garantiria a posse de terra dos brasileiros na região do Purus, já que a do Juruá, o conflito era com os peruanos e não com os bolivianos; e) a dita Revolução foi mais obra da iniciativa do governo do Amazonas do que a dos acreanos propriamente ditos; Plácido de Castro nunca foi o mentor intelectual e nem o político da Revolução, no máximo, foi um líder militar convidado (ou contratado?) para uma causa que não era dele. Sem a renúncia do Bolivian Syndicate assinada em 26 de janeiro de 1903 e sem a assinatura do modus-vivendi em 21 de março de 1903, tanto o destino do Acre, quanto o dos acreanos estava em suspenso. Por isso é que digo que o destino deles foi mais um resultado diplomático traçado nos gabinetes ministeriais do que um resultado militar traçado nos campos de batalha. Em resumo: a Revolução chegou ao fim sem que o Acre fosse nacionalizado.

NH – E o que dizer de Plácido de Castro?

Qual Plácido de Castro iremos abordar? O militar maragato rio-grandense? O agrimensor? O chefe das tropas acreanas? O seringalista? O presidente do Estado Independente do Acre? O ditador do Acre Meridional? O prefeito do Departamento do Alto Acre? Ou o herói nacional? A visão multifocal do personagem nos trás o seguinte questionamento: é realmente salutar ao povo acreano nutrir a admiração por um latifundiário, assassino e político autoritário? A história nos diz que ele fez tudo por amor à pátria e é somente esse lado do Herói Nacional que nos é ensinado nas escolas. Mas será mesmo que tal sentimento movia o comportamento deste cidadão? Uma coisa eu digo, ninguém vinha ao Inferno Verde impunemente.
Devemos nos perguntar sobre o porquê que somente Plácido de Castro se tornou o herói dos acreanos? Por que a veneração não se estendeu aos governadores do Amazonas Ramalho Júnior e Silvério Néri, os verdadeiros responsáveis pelo financiamento do movimento de resistência à soberania boliviana na região? Por que Rodrigo de Carvalho não foi reconhecido como herói? Ele era o principal articulador local da Revolução Acreana, diferentemente de Plácido de Castro, ele esteve presente desde o início, quando foi formada a Junta Revolucionária em 1899. Por que Souza Braga não virou herói? Ele foi um dos cinco principais seringalistas da região a atuar na Revolução Acreana e chegou a ser o segundo presidente do Estado Independente do Acre. E os seringueiros? E os acreanos que guerrearam contra os peruanos no Alto Juruá?

É sabido que sem a intervenção do Itamarati e das articulações feitas por Barão do Rio Branco o Acre nunca teria se tornado brasileiro. Então, por que Plácido de Castro recebeu tanta projeção local como herói dos acreanos?

Simples, pois os autonomistas preferiram consagrar um líder local do que um nacional. Não devemos esquecer que o Barão do Rio Branco foi um dos mentores do “rebaixamento” do Acre à condição de Território, e tê-lo como herói não era estratégico para a causa autonomista. Os autonomistas queriam tornar o Acre um Estado, para tal propósito, era mais estratégico a escolha de liderança local como herói. O “Barão” sendo aceito como “pai do Acre”, ficaria mais fácil justificar o domínio político federal naquele território. O diplomata Barão do Rio Branco encarnava melhor o caráter nacional dos republicanos. Em contrapartida, a figura de Plácido de Castro fortalecia o regionalismo dos “coronéis” do Acre. A idolatria a Plácido de Castro foi uma tradição construída e mantida postumamente. Enquanto esteve vivo, nenhum prefeito endossou práticas comemorativas à “Revolução” ou aos “heróis da Revolução”, muito menos ao próprio Plácido de Castro. A consagração dele como “herói do Acre” só aconteceu porque ao longo da história não faltou quem obtivesse algum tipo de ganho simbólico ou dividendo político com a exaltação dele. Primeiramente os autonomistas, que fizeram dele um patrono de suas causas, depois os próprios militares, que exaltavam Plácido de Castro mais por ele ter sido um militar do que um “revolucionário”. Na literatura nacional, porém, é comum encontrarmos quem dedique o sucesso da anexação do Acre ao Brasil ao Barão do Rio Branco e não a Plácido de Castro. “Rio Branco” foi nomeado um dos centros comerciais mais importantes do Acre naquele início de século. O governo federal, através dos prefeitos, rendia-lhe homenagens, tratando-o como “patrono do Acre” (jornal Acreano, de Xapuri, 1 de novembro de 1909, Nº 56, primeira página). O Barão do Rio Branco ainda estava vivo e seu nome passou a ser utilizado em ruas, estabelecimentos públicos e praça. Sem dizer do “17 de novembro”, data da assinatura do Tratado de Petrópolis, que também virou nome de escola e outros.

NH – Porém Plácido de Castro foi considerado libertador...

O gaúcho Plácido de Castro foi um libertador? Todos os Tratados Internacionais negam o pertencimento do Acre ao Brasil: Bula Papal Intercoetera (1493) Tratado de Tordesilhas (1494), Tratado de Madri (1750), Tratado de El Pardo (1761), Tratado de Santo Ildefonso (1777) e o Tratado de Badajós (1801). O próprio Brasil Imperial reconhecia que o Acre pertencia à Bolívia através do Tratado de Ayacucho (1867) e por inúmeras vezes o Brasil Republicano confirmara o prescrito em 1967. Então, o agrimensor libertou o Acre de seus legítimos donos?"

"Qual Acre foi libertado pelo gaúcho? O Acre Meridional ou o Setentrional? O Alto-Purus ou o Alto-Juruá? Como a própria história relata, a “revolução” liderada pelo gaúcho limitou-se ao Vale do Rio Acre, mais precisamente em Xapurí, Brasiléia, Rio Branco e Porto Acre. Ora, então quem libertou o restante do Acre? A região banhada pelo rio Juruá e seus afluentes, que também eram terras litigiosas do ponto de vista peruano, não conheceu a “revolução” de Plácido de Castro. O “herói”, inclusive, nem se quer foi testemunha da legalização e anexação definitiva do Juruá ao Brasil, pois ele foi assassinado em agosto de 1908 e a assinatura do Tratado Brasil-Peru aconteceu em setembro de 1909. O coronel Plácido de Castro libertou o Vale do Rio Acre? O correto seria afirmar que as tropas acreanas obtiveram importantes vitórias sobre os bolivianos nessa região. No entanto, a conquista não estava plenamente definida. Isso por dois motivos: Primeiramente, por que tão logo a notícia da peripécia dos seringueiros chegou ao Andes, o próprio presidente da Bolívia, General Pando, organizou uma megaoperação militar de libertação. Em segundo lugar, o Acre já havia sido arrendado ao Bolivian Syndicate desde 21 de dezembro de 1901. Toda luta contra a Bolívia seria inglória se levado em consideração que o Consórcio não aceitaria qualquer prejuízo com o Acre.

NH – No período do centenário da Revolução, o governo do Estado fez bastante uso da ideia de Revolução. O que o senhor tem a dizer?

O Governo da Frente Popular do Acre construiu uma engenharia política de legitimação do poder na qual o discurso histórico teve importância privilegiada. Nunca na história do Estado do Acre um governo fez tanto uso de festas cívicas, homenagens, culto à bandeira, construções de monumentos, tombamento de bens e construção de espaços de memória. A estratégia não é tão difícil de entender. Abusaram da mídia para fomentar um acreanismo com base na história epopeica do Acre e durante as comemorações das datas cívicas ou na inauguração de um espaço de memória se filiaram a essa história dizendo que a Revolução Acreana não havia sido plenamente acabada, já que os ideais e sonhos de seus líderes estavam sendo resgatados e colocados em prática na atualidade. O objetivo foi fazer com que o povo olhasse o mandatário do Poder Executivo como um novo herói e a implantação do desenvolvimento sustentável como uma revolução. A exaltação do passado era uma desculpa para a afirmação do presente. Tudo fazia crer que a história do Acre motivada pelo passado viveria no presente o ápice dessa glória. Veja o caso do sindicalista Chico Mendes. Primeiro o governo da Frente Popular fez de tudo para divinizá-lo. Depois se aproveitou desse ser beatificado para fazê-lo um cabo eleitoral, um garoto propaganda do governo. O Partido dos Trabalhadores no Acre se apropriou politicamente da imagem de Chico Mendes alegando que o governo da Frente Popular nada mais estava fazendo do que colocar na prática os sonhos do sindicalista. Durante anos a imagem de Chico Mendes figurou no cabeçalho do site do PT (Ac). Quem criticou os herdeiros político de Chico Mendes? Pois é, a mesma estratégia foi usada com a Revolução Acreana e com Plácido de Castro, ao se filiarem a essa história gloriosa, se tornavam candidatos a receberem no presente a veneração e as honras, a princípio, direcionada somente ao passado. O grande diferencial do governo da Frente Popular do Acre com relação aos outros governos no que tange às comemorações das datas cívicas alusivas à anexação do Acre foi que a Frente Popular inaugurou uma nova tradição de interpretação ou uma nova tradição de sentidos: a da Revolução Acreana inacabada. Dessa forma conseguiu-se criar uma história epopéica de uma ponta à outra. De Galvez aos Irmãos Viana. O povo foi ensinado a perceber, no tempo, presente as novas revoluções, os novos heróis, e os novos atos de bravura.
Em minha opinião, todas as datas festivas ligadas à fundação do Acre são memoriais da intolerância e do etnocentrismo. Comemorar esse passado é tornar tais práticas aceitáveis e dignas de louvor. Veja por exemplo o caso do genocídio indígena, a historiografia oficial ainda tenta inocentar os heróis acreanos desse flagelo. O fenômeno das correrias fez do território acreano um sepulcro aberto que exala odores fúnebres até os dias de hoje.