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Diretor diz que Bocalom está focado em “salvar” os trabalhadores do Transporte e beneficiar o usuário

Diretor diz que Bocalom está focado em “salvar” os trabalhadores do Transporte e beneficiar o usuário

Um trabalhador que não tem renda fixa, ou ganha do Bolsa Família, se ele economizar R$ 1,00 por dia são R$ 30,00 que ele economiza por mês. Esse dinheiro não vai para o cofre das empresas.

 O diretor de Transporte da RBTrans, Clendes Vilas Boas, disse que a intenção do prefeito de Rio Branco Tião Bocalom, ao apresentar o projeto de lei que visa subsidiar as gratuidades do transporte coletivo, é beneficiar o trabalhador, tanto do sistema de transporte quanto ao usuário que paga a passagem integral hoje de R$ 4.00. Ele pontuou que esse repasse às empresas visa sanar verbas salariais em atrasos, beneficiando centenas de motoristas e demais operadores do sistema, que estão com os salários atrasados em virtude da crise instalada pela pandemia da covid-19.

A fala de Vilas Boas é referendada por um estudo realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Não só em Rio Branco, mas em diversas capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre, o fluxo de passageiros caiu drasticamente durante a pandemia da covid-19. Embora tenha havido uma queda nos fluxos, as empresas seguiram tendo que arcar com despesas para manter o serviço funcionando.

“Hoje, a passagem está a R$ 4,00 e a gratuidade que existe de fato e de direito, amparado pela lei, que é a dos idosos e de outras categorias, quem paga essa conta é o passageiro pagante. Por isso, onerou a passagem para R$ 4,00. Ela poderia estar mais baixa. O que o Bocalom fez nesse período de campanha e desde 2008, ele vem pensando nisso, nas pessoas menos favorecidas, no usuário propriamente dito que paga uma passagem cara em um atendimento que não é adequado. Bocalom resolveu apresentar esse projeto para que ele possa subsidiar as gratuidades. Essas gratuidades vão ser pagas pela Prefeitura”, explicou.

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Ainda de acordo com o diretor de Transporte, há uma narrativa de que R$ 0,50 é pouco, mas para quem ganha renda mínima, esse valor reduzido da tarifa representará muito no dia a dia. “Um trabalhador que não tem renda fixa, ou ganha do Bolsa Família, se ele economizar R$ 1,00 por dia são R$ 30,00 que ele economiza no mês. Já dá para comprar o pão. Então, o Bocalom pensou nisso”.

Para Vilas Boas, em um segundo momento, o prefeito Tião Bocalom pretende reduzir ainda mais a passagem de ônibus. Ele trabalha para subsidiar a passagem total dos alunos, em um acordo com o governador Gladson Cameli (PP), que subsidiaria os alunos da rede pública estadual.

“Com isso, a passagem cairia de R$ 3,50 para R$ 3,00. Essa é a lógica. Então, o subsídio seria passado com o intuito de redução da tarifa e também a antecipar 8 meses desse subsídio, que seria o pagamento das gratuidades para que esse dinheiro venha salvar os trabalhadores do Transporte que está com o salário atrasado, férias... que estão atrasados há mais de seis meses. Então, olhando com esse olhar para os pais de família que vivem sofrendo é que o Bocalom resolveu fazer esse subsídio às gratuidades, entendeu de apresentar esse projeto na Câmara para beneficiar os trabalhadores e não as empresas”, pontuou.

Boas deixou claro: “esse dinheiro não vai para o cofre das empresas. Vai cair na conta do Sindicol em parcelas. Na medida que for pagando os trabalhadores, venceu aquela etapa, deposita a segunda etapa, para dar legitimidade e segurança para que este dinheiro não seja usado com outra finalidade que não seja para os motoristas propriamente dito. Não existe nenhum interesse do prefeito em subsidiar as empresas, até porque as empresas se encontram em um patamar muito precário”.