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Em julho, desmatamento no Acre cresce 434%; em um ano, variação é de 257%

Em julho, desmatamento no Acre cresce 434%; em um ano, variação é de 257%

Se em anos passados o Acre quase passava quase despercebido na divulgação sobre os dados do desmatamento na Amazônia Legal, o mesmo não se pode dizer nestes últimos meses. Apesar de ainda apresentar números baixos quanto aos dados absolutos, em termos percentuais o estado, agora, ocupa as primeiras posições.

É o caso do mais recente Boletim do Desmatamento divulgado nesta sexta-feira, 16, pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Em julho, o Acre teve desmatado 187 quilômetros quadrados de floresta nativa; no mesmo mês do ano passado, essa área foi de 35 km2 – uma variação de 434%.

O crescimento também foi registrado na comparação anual. Entre agosto de 2017 e julho de 2018, o desmatamento alcançou a marca de 104 km2; já no período de agosto de 2018 a julho último, o total de floresta destruída chegou a 371 km2 – a variação registrada pelo Imazon é de 257%.

Em números absolutos, na comparação com os outros estados da Amazônia Legal, o Acre teve a segunda menor área desmatada. O Pará teve destruídos 1.792 km2 de mata entre agosto do ano passado e julho último.

Ao todo em toda a Amazônia, mais de 5.000 km2 de floresta veio ao chão no período, incremento de 15% em cotejo com o levantamento anterior.

Governo afirma que sempre se pauta pelo atendimento as Leis Ambientais

O Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), desde o início de sua gestão em janeiro de 2019, sempre se pautou pelo atendimento as Leis Ambientais, num esforço para mostrar a sociedade e a todo o país de que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação e utilização racional dos nossos recursos naturais.

O dado divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON) referente ao avanço do desmatamento no período de agosto de 2018 a julho de 2019, mostrou que na Amazônia Legal (área composta pelos estados do Amapá, Tocantins, Roraima, Maranhão, Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Pará) o desflorestamento foi de 5.054 km2, correspondendo a 15% de elevação em relação ao período anterior.

Os dados divulgados são fundamentais como balizadores para monitoramento e implementação de políticas de comando e controle, porém é preciso que esses dados sejam avaliados dentro do contexto em que se situam.

De acordo com o IMAZON, o Acre não está na primeira posição entre os estados que lideraram o desmatamento nesse período. Essa posição é ocupada pelo Pará (36%), seguindo de Amazonas (20%) e em seguida Rondônia e Acre (15%). Destaca-se ainda que o Acre apresentou apenas 3% de degradação no mês de julho, o menor índice da Amazônia Legal.

Diante do exposto, a atual gestão estadual restabelece a verdade, condena o desmatamento ilegal que traz prejuízos ambientais, sociais e econômicos para a população e renova seu compromisso com o desenvolvimento sustentável através de novas políticas de desenvolvimento social e econômico que estãoestão sendo implementadas a partir desse ano.

Israel Milani
Secretário de Estado do Meio Ambiente