As águas baixaram, mas ficou o cenário de destruição. É hora de tentar o recomeço, a tentativa de reconstrução. Mas muita gente não tem qualquer condição de começar outra vez em uma casa nova.
O Notícias da Hora foi ao bairro Cidade Nova, no Segundo Distrito de Rio Branco, um dos mais afetados pela cheia do rio.
O cenário é desolador. Há lama por toda parte nas ruas afetadas pela inundação. No meio do lamaçal estão misturados restos de geladeira, colchões, camas, sofás, máquinas de lavar, muito lixo.
Em meio à lama, famílias retornaram para suas casas. Dona Francisca Souza tentou recuperar o que pôde de sua mãe, Belquice Eufrásio de Souza, de 78 anos, mas a casa, na rua Poços de Caldas, após três enchentes, está em condições precárias para moradia.
“Essa é a terceira alagação da minha mãe e acho que ela não tem mais nem condição de voltar para dentro, porque o piso está todo arriado, uma casa velha de madeira já, e a minha mãe está precisando de ajuda. Não tem mais condição de ela ficar. E nós não temos condições de arrumar essa casa”, diz.
Seu José mora há mais de 30 anos no Cidade Nova. Ele também teve a casa afetada e diz já estar acostumado com enchentes.
No bairro, não são poucas as residências colocadas à venda. Sinal de que muitas famílias já estão cansadas das más condições impostas pelas enchentes.
Nesta sexta-feira (7), o rio Acre chegou a 15, 78 metros. Baixou 1, 94 metro em cinco dias quando o manancial atingiu 17, 72, a cota máxima da enchente deste ano em Rio Branco.
