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Em Rio Branco, confusão entre mãe e médica termina em agressão no Hospital da Criança; CRM se manifesta

Em Rio Branco, confusão entre mãe e médica termina em agressão no Hospital da Criança; CRM se manifesta

O Hospital da Criança, localizado no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) em Rio Branco, foi palco de uma confusão que resultou em agressões entre uma mãe e uma médica da unidade de Saúde. O fato ocorreu na segunda-feira, 13.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a mãe da paciente, com um braço arranhado, acusando a médica de agressão, enquanto testemunhas afirmam que as agressões partiram da mãe. Uma mulher, alegando ser irmã da mãe da paciente, desmaiou durante o incidente.

A situação ocorreu dois dias após a alta da menina, que retornou à unidade em busca de ajuda devido a fortes dores.

No momento da confusão, a médica teria recomendado um medicamento em gotas para aliviar as dores da criança, mas a mãe não aceitou. Testemunhas afirmam que as agressões partiram da mãe contra a profissional.

O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, anunciou que o caso será investigado. Quanto à criança, a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) explicou que, apesar de diversos exames já realizados, nada foi diagnosticado.

CRM repudia

O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) emitiu uma nota de repúdio sobre as agressões perpetradas contra a médica pediatra Socorro Elizabeth Rodrigues de Souza.

"O lamentável evento suscita profunda preocupação sobre a segurança e integridade dos profissionais de saúde no exercício de suas funções.
Reiteramos que a violência não pode ser tolerada em ambientes hospitalares, onde o foco deve ser o cuidado e a busca por soluções para a saúde dos pacientes", diz a nota.

O CRM ressaltou que os profissionais médicos não devem ser penalizados ou submetidos a agressões devido às limitações estruturais das unidades de saúde.

"Repudiamos veementemente qualquer ato de violência contra os médicos, que dedicam suas vidas à promoção da saúde e ao bem-estar da população. Neste momento, é imperativo que as autoridades competentes conduzam uma investigação sobre o caso".

O texto assinado por Leuda Maria da Silva Dávalos, Presidente do CRM-AC, destacou que
a pessoa envolvida já apresenta histórico recorrente de comportamento agressivo contra profissionais de saúde, com múltiplos registros de denúncias.

"É fundamental respeitar o ato médico e a autonomia profissional, visto que a médica, após avaliação clínica, deu alta para a criança, que se encontrava clinicamente estável, com todas as condições para receber alta. Informamos também que a Dra. Socorro Elizabeth Rodrigues de Souza registrou boletim de ocorrência contra a mulher, e o Conselho Tutelar foi acionado, para que sejam tomadas as devidas providências diante das repetidas interferências dessa pessoa contra as orientações médicas", concluiu.

Governo diz que “providências estão sendo tomadas”

Em nota, o governo lamentou incidente e informou que “todas as providências administrativas estão sendo tomadas para a apuração dos fatos, uma vez que o Estado se pauta pela transparência, eficiência e bom atendimento dispensado por seus servidores e não irá permitir qualquer inconformidade nas unidades de saúde”.

Segundo o governo, “não houve, por parte da equipe de saúde, falta ou negligência de atendimento à paciente. Pelo contrário, a criança tem sido acompanhada há vários meses no Sistema Público de Saúde e vem realizando consultas e exames rotineiramente”.

O caso foi encaminhado ao Ministério Público. “Até o momento, todos os esforços profissionais necessários estão sendo empregados para o fechamento do diagnóstico da criança, e para isso estão sendo realizados diversos exames, pelas equipes da Fundhacre, Into e Policlínica do Tucumã. Todos os documentos referentes já se encontram à disposição do Ministério Público do Estado, bem como da Defensoria Pública, que estão atuando em conjunto com a Sesacre para solucionar o caso o mais brevemente possível”.