O vereador Eber Machado (MDB) utilizou a tribuna da Câmara de Rio Branco, na sessão de terça-feira, 15, para denunciar a devolução de recursos federais pela Prefeitura de Rio Branco que seriam destinados à construção de casas de farinha para produtores rurais do município. De acordo com o parlamentar, a gestão estaria mentindo sobre os motivos da devolução da verba, o que ele classificou como um descaso com a agricultura familiar e com o desenvolvimento econômico das comunidades rurais.
Segundo Machado, os recursos — oriundos de uma emenda parlamentar do senador Alan Rick — estavam disponíveis nas contas da prefeitura desde 2023 e tinham como objetivo viabilizar a construção de cinco casas de farinha em diferentes regiões da Capital. No entanto, segundo o emedebista, em 12 de março deste ano, a gestão municipal solicitou à Caixa Econômica Federal o cancelamento do convênio, alegando aumento de custos e indisponibilidade das áreas inicialmente previstas para as obras.
“A obra começou em fevereiro e, em março, o prefeito manda cancelar. Como isso é possível? Ou está roubando, ou está desperdiçando o dinheiro público. É mais uma mentira do prefeito Pinóquio”, disparou o vereador em tom indignado. Ele também contestou a justificativa de que produtores das áreas envolvidas haviam desistido da construção, apresentando relatos de moradores da comunidade Baixa Verde, que negaram qualquer desistência.
Machado ainda criticou o slogan adotado pela prefeitura — “Produzir para Empregar” —, afirmando que a gestão não está cumprindo com essa promessa. Segundo ele, uma casa de farinha moderna e bem equipada beneficiaria diretamente ao menos 25 famílias na Baixa Verde, além de permitir o aproveitamento integral da mandioca, com produção de farinha, goma, tucupi, ração e outros derivados.
O vereador prometeu acionar o Ministério Público Federal e a Polícia Federal para que investiguem a devolução dos recursos e apurem eventuais responsabilidades. “O prefeito não está apenas perseguindo a cidade, agora está prejudicando o campo, os trabalhadores que colocam comida na nossa mesa”, concluiu.