Com baixo investimento em saneamento básico, R$ 32,63 por habitante, de acordo com o Instituto Trata Brasil, Rio Branco parece patinar quando o assunto é distribuição de água. Na última semana, a cidade teve um “apagão” do sistema de distribuição afetando 54 bairros.
O Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) informou que o problema foi ocasionado bombas danificadas devido as constantes quedas de energia, reduzindo a produção de água para 25% de sua capacidade, ou seja, 150 litros por segundo, quando a produção total é de 600 litros por segundo, na ETA I.
Um servidor do sistema revelou ao Notícias da Hora que o problema vai além das constantes quedas de energia. Ele ressalta que a maioria dos equipamentos são ultrapassados, falta investimento.
“Tudo sucateado. Arruma uma bomba hoje, esculhamba outra amanhã. O problema é bomba. Os equipamentos de Rio Branco são antigos. Fazemos o que podemos, não tem equipamento novo. É difícil”, confidenciou o trabalhador.
A fala clara do servidor do Saerb contrasta com que defendeu o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, em maio de 2021. Bocalom esteve em Uberlândia, Minas Gerais. Na época, ele se reuniu com o prefeito Odelmo Leão, o vice-prefeito de Uberlândia, Paulo Sérgio, e o diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto, Adicionaldo Cardoso. Na pauta, parcerias para o melhoramento no sistema de água e esgoto de Rio Branco. Mas, nada aconteceu. Bocalom chegou a pedir socorro a Leão, que respondeu: “Ele já vai agora olhar o nosso sistema de água e esgoto aqui e vai olhar qual o entendimento melhor para Rio Branco e nós vamos estar juntos e quando ele for inaugurar, pode marcar a data que eu vou”.