Para muitas famílias, o Dia de Finados é um momento de recordação e homenagem aos entes queridos que partiram. Em cemitérios como o São Sebastião, em Rio Branco, esse movimento gera também uma oportunidade de renda extra para profissionais que cuidam das sepulturas. É o caso de Quelciano Mesquita, estudante do quarto período de Direito, que, há mais de quinze anos, oferece serviços de pintura e conservação de túmulos, atividade que espera render cerca de R$ 2 mil neste ano.
Mesquita, que também foi recentemente aprovado em um concurso para o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) do Acre, conta que começou a trabalhar no cemitério há 15 anos, realizando desde pintura e limpeza até trabalhos de alvenaria. “Faço limpeza, pintura, letras e serviços de alvenaria há 15 anos aqui no cemitério. É muito gratificante, porque a gente vê o amor que as pessoas têm pelos seus entes queridos que já partiram,” comentou.
Além do retorno financeiro, Mesquita vê sua atividade como um tributo às memórias que cada túmulo carrega, inclusive de seus próprios familiares, que também descansam no local. “Esse é um dos trabalhos que eu faço sempre no ano. E a gente sempre procura uma melhoria. Passei no concurso do Iapen e estou esperando ser chamado. Essa é uma maneira de ganhar dinheiro dignamente,” afirma.
O aumento da procura pelos serviços no Dia de Finados reflete o desejo das famílias de manterem as sepulturas em boas condições. "Dá para tirar um bom dinheiro. Vou tirar uns dois mil este ano, se Deus quiser,” concluiu.