As demolições de uma estrutura em alvenaria e de uma casa em madeira na baixada da Cadeia Velha, em Rio Branco, ocorreram porque as duas edificações estão localizadas em uma Área de Proteção Ambiental (APA) que sofre enchentes todos os anos. Essa é a explicação do coordenador da Defesa Civil do Município, major Cláudio Falcão, e do secretário municipal de Infraestrutura, Valmir Médici, para a ação dos fiscais da prefeitura que estiveram no local acompanhados da Polícia Militar.
A ação dos fiscais foi filmada pela mulher dona da estrutura de madeira. Aflita, ela mostra os filhos menores, diz que está grávida e não tem para onde ir.
No vídeo, ela cobra o poder público e afirma que seu vizinho, o dono da estrutura em alvenaria tem o documento do terreno. O homem é orientado por um policial e um fiscal a procurar a prefeitura com o documento que comprova que ele é o proprietário.
A madeira, de acordo com secretário de Infraestrutura do Município, foi levada em um caminhão a um galpão da prefeitura e será devolvida à mulher nesta quinta-feira (15).
O secretário lembra que a prefeitura tem um projeto de construção de mil casas populares para atender famílias em situação de vulnerabilidade como a presenciada no Cadeia Velha.
"Nós tivemos o prefeito em Brasília no mês passado para justamente conseguir recursos para as habitações regionalizadas, que é justamente esse pessoal que estava nas áreas de risco e vão ser remanejados."
"A Defesa Civil e a Seinfra fazem o monitoramento das áreas de risco 24 horas e assim detectamos indícios de construção em áreas que não podem ser habitadas. Vale lembrar também que as famílias que moravam retiradas dali e devidamente indenizadas com casas próprias pra que aquela área não voltasse a ser habitada. Então, menor indício de construção inadequado e ilegal a ação do Município é pra poder coibir. Evidentemente nós somos solidários com as pessoas, mas a área não pode ser ocupada por ser uma área de risco, uma área que alaga, inclusive, e que vai trazer grandes transtornos pra família que ali habitar", informa o major Cláudio Falcão.