A greve dos médicos em Rio Branco, que entrou no quinto dia nesta sexta-feira, dia 12, causa grandes prejuízos à população, enquanto a Prefeitura de Rio Branco não aceita negociar com os trabalhadores e cumprir a promessa feita pela prefeito Tião Bocalom, ainda na campanha de 2020.
Todas as consultas foram suspensas na URAP Rosângela Pimentel, que fica no Calafate, em Rio Branco. Sem médico atendendo em razão da greve crianças e adultos não puderam ser avaliadas, mesmo que a consulta estivesse agenda pela equipe da unidade de saúde. O movimento grevista deve parar na justiça, por meio de uma ação que a prefeitura quer abrir.
Os médicos exigem da Prefeitura de Rio Branco, uma reforma no Plano de Cargo Carreira e Remuneração (PCCR), além do reajuste do salário base da categoria, que, segundo o sindicato, é de R$ 1,8 mil. A dona de casa Maria da Liberdade é uma das pessoas prejudicadas. A mulher levou a filha de 2 anos para se consultar.
“Já tava marcado com o pediatra, mas, quando cheguei aqui, disseram que quem tinha consulta com o pediatra podia voltar porque ele estava de greve. Como também tenho uma consulta marcada, estou esperando, mas para minha filha não consegui. Agora é aguardar, porque não dá pra reagendar, porque não sabe nem quando o pediatra vai voltar. Não tenho condições de pagar uma consulta”, disse à Rede Amazônica Acre.
Já a dona de casa Maria da Conceição da Silva estava com dois netos, de 1 e 2 anos, com febre há alguns dias e ficou sabendo que não teria pediatra também ao chegar no posto. Para não perder a viagem, ela disse que vai ver se consegue consulta pelo menos com uma enfermeira.
“Não tem pediatra e o médico que está não consulta criança. Aí, vamos para enfermeira para não ter vindo à toa, porque nesse posto aqui somos humilhados. Meus netos estão doentes, com muita febre e quando chega aqui é uma situação dessa”, lamenta.