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Homem em estado grave aguarda cirurgia cardíaca urgente desde dezembro

Homem em estado grave aguarda cirurgia cardíaca urgente desde dezembro

O professor Charles de Menezes Gomes, de 38 anos, internado na UTI da Fundação Hospitalar do Acre, aguarda desde dezembro por uma cirurgia cardíaca de troca da válvula mitral. O homem está em estado grave e, segundo familiares, os médicos apontam só 15% de chances de sobreviver em meio à espera pela cirurgia.

A irmã do professor, Charliane Gomes, alerta que o caso do irmão pode se agravar ainda mais enquanto aguardo o procedimento, e relata que foi informada pelos médicos da Fundação Hospitalar que os cardiologistas que fazem cirurgias estão com os pagamentos atrasados há três meses e, por isso, suspenderam as cirurgias.

“É uma situação muito delicada a do meu irmão. Ele internado em dezembro no pronto-socorro lá de Cruzeiro do Sul, e a médica avaliou e disse que podia ter alta. Lutamos e conseguimos o TFD dele para Rio Branco. Aqui, a médica disse que ele já tinha infartado. De lá pra cá, ele só piorou e já foi entubado”, comenta.

Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), o pagamento da empresa que fornece médicos cardiologistas está de fato atrasado há três meses, mas o processo de pagamento dos profissionais já está em fase final, e até o início de fevereiro, as cirurgias já devem ser retomadas. A de Charles, contudo, deverá ser apenas na segunda semana do mês.

Charliane acredita que se precisar esperar a previsão da Sesacre, Charles pode acabar morrendo. “O Charles está com risco de vida, o caso dele é muito grave, ficou entubado e em coma dois dias. Para você ter ideia, ele está meio desorientado ainda, e a médica já disse que o dele é prioridade, então tem que ser feito logo”, completa.

Charles é de Cruzeiro do Sul, onde atua como professor da rede pública de ensino há mais de 20 anos. A irmã dele, que também é servidora pública, contou que precisou largar o trabalho desde que o irmão foi internado, para o acompanhar. “Estamos todos preocupados, porque se algo pior acontecer, quem vai se responsabilizar?”, questiona.