No local uma mostra da produção realizada pelo sistema penitenciário é apresentada à população. Móveis feitos com paletes e madeira apreendida, mini-hortas e farinha de Cruzeiro do Sul são alguns dos produtos em exposição.
Para o presidente do Iapen, Lucas Gomes, o espaço é a oportunidade de apresentar à sociedade um sistema que poucos conhecem. “Quando se fala em presídio, só se pensa em um ambiente pesado, onde os presos se encontram sempre dentro das celas, sem oportunidades. Aqui mostramos o resultado do trabalho de muitas mãos que se esforçam em busca de um sistema que de fato seja capaz de ressocializar estes indivíduos”, afirmou.
De acordo com a gerente de trabalho e produção do Iapen, Dalva Azevedo, todos os produtos são produzidos dentro das unidades penitenciárias do Estado, com a utilização da mão de obras dos presos. “Nós temos um total de 1.406 presos trabalhando em todo o estado, entre trabalho interno e externo. Esses realizam diversos serviços como a roçagem e manutenção de espaços públicos e a produção de materiais e produtos como os que se encontram em exposição”, disse.
Mario Gonçalves Filho é um cearense que mora em Rio Branco e fez questão de prestigiar a Expoacre 2019. Ele disse que, a princípio, ficou na dúvida se os produtos apresentados pelo Iapen eram produzidos pelos presos e que ficou satisfeito com o que viu. “Eu acho que vocês estão no caminho certo. É isso que tem que se fazer com o sistema prisional do Brasil. No Ceará foi feito isso e deu certo. Eu acredito que aqui no Acre vai dar muito certo também”, afirmou.