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Joabe Lira acusa empresa de reter salários de trabalhadores e administrador dispara: “estão dificultando tudo pra gente”

Joabe Lira acusa empresa de reter salários de trabalhadores e administrador dispara: “estão dificultando tudo pra gente”

De acordo com o administrador Alan Costa, a empresa vem cumprindo com suas obrigações contratuais. Mas, a Prefeitura não tem feito o repasse, conforme previsto no documento contratual

O secretário Municipal de Zeladoria de Rio Branco, Joabe Lira, disse ser injustificável a atitude da empresa ETROPUS de, mesmo com dinheiro em caixa, não pagar seus funcionários. A empresa atua em atividades de limpeza e roçagem das vias urbanas da Capital acreana. Até o momento, os trabalhadores não receberam o salário do mês de abril, embora o repasse tenha sido feito pela Prefeitura.

De acordo com o Joabe Lira, no dia 5 de maio, o Município cumpriu sua obrigação de pagar a empresa o valor de R$ 167.338,32, referente a medição dos serviços prestados, conforme reza o contrato assinado pelas duas partes ainda este ano.

Joabe Lira disse que “o dinheiro foi creditado na conta da empresa, todavia fomos comunicados pela sua direção de que a ETROPUS vai utilizar os recursos que estão em sua conta para priorizar o pagamento de débitos com encargos sociais e fornecedores, deixando de quitar os salários de seus trabalhadores, o que é prioridade, e que consideramos injustificável”, pontua o secretário.

De acordo com o Joabe, a ETROPUS vem quebrando sucessivamente o contrato firmado com a Prefeitura, numa tentativa de utilizar seus empregados para pressionar o Município a pagar além do que lhe é devido.

Joabe comentou que: “isso é um verdadeiro absurdo e nós não aceitaremos que os trabalhadores sejam penalizados. Se a empresa acha que tem direito de receber mais, que procure a justiça, utilize os meios legais”, enfatizou Lira, acrescentando que caso a empresa deixe de pagar seus trabalhadores o Município pretende recorrer aos meios legais, inclusive o Ministério Público do Trabalho para encerrar o contrato com a mesma.

“Essa situação, que é reiterada, é inadmissível e a Prefeitura não aceitará que os trabalhadores sejam penalizados e nem que a população seja prejudicada pela falta dos serviços contratados para a limpeza da cidade”, conclui.

Empresa reclama de perseguição e diz que Joabe Lira não cumpriu o que prometeu

O administrador Alan Costa, representante da empresa Etropus, disse que o contrato com a Prefeitura de Rio Branco “está sendo executado dentro da sua integralidade” e que a empresa segue “fornecendo o pessoal, máquinas e equipamentos necessários para a execução, mas eles [Prefeitura] estão nos pagando abaixo do que foi pactuado em contrato”.

Alan Costa afirma que a Prefeitura está “pagando o que eles querem”. De acordo com administrador, o contrato da empresa é quase R$ 300 mil, mas a Zeladoria segue pagando em torno de R$ 100 mil a R$ 130 mil mensais, no máximo.

“Esse valor estava dando pra pagar apenas a folha dos 60 roçadores. Estávamos priorizando o salário deles [trabalhadores]. Mês passado, após uma reunião, o secretário pediu que pagássemos a folha que ele iria resolver o pagamento da diferença e isso não foi feito”, explicou Costa.

Ainda de acordo com ele, a empresa optou por pagar os encargos confiando que a Prefeitura iria fazer o repasse da diferença para que fosse quitado os salários dos trabalhadores. A opção da empresa se deu por um motivo: caso não fosse feita, no mês seguinte, a Prefeitura não iria pagar a empresa.
“Pagamos os encargos, fornecedores e tributos, porque já iríamos ficar sem certidão. E mês que vem eles não nos iria pagar por causa disso”, lembrou o representante da Etropus.

E acrecenta: “então pagamos o que achamos devido, com o intuito de receber o restante para pagar o salário dos funcionários. A verdade é que eles estão dificultando tudo pra gente”.

Alan Costa salienta que a Zeladoria, sob o comando de Joabe Lira, tem perseguido as empresas terceirizadas que já tem contrato firmado até o mês de outubro, como é o caso da dele.

“Outras empresas saíram porque não aguentaram e nós estamos resistindo. Mas, estão fazendo de tudo para encerrar o nosso contrato, mesmo não havendo motivos”.