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Mãe clama por atendimento digno dispensado à filha no Hospital da Criança

Mãe clama por atendimento digno dispensado à filha no Hospital da Criança

Suzana Amaral conta que não há mais lugar para furar a garotinha para aplicar a medicação

Suzana Amaral, mãe da pequena Sunamita que está internada há 38 dias no Hospital da Criança em Rio Branco, denunciou o descaso que vem ocorrendo com o tratamento da filha. De acordo com a mãe, a menina precisa de um dispositivo para que o acesso central não seja perdido.

Em um vídeo enviado ao Notícias da Hora, Suzana Amaral conta o drama vivido nestes 38 dias de internação da filha. Ela mostra que é necessário um aparelho para o controle das doses da medicação aplicada na filha. Apenas um suporte ampara toda a medicação, que é controlada manualmente.

“Esse acesso é o terceiro depois que ela entrou na Unidade. Irresponsabilidade, deixaram o acesso perder com menos de 5 dias. Um acesso central desse não se perde com menos de 5 dias. Tá com a sonda. Olha a situação, misturado com soro. Precário mesmo é isso aqui. Estou com 38 dias aqui dentro controlando isso aqui (sic)”, diz a mãe apontando para o suporte com vários medicamentos sendo utilizados ao mesmo tempo.

Ainda de acordo com Suzana Amaral, o quadro clínico de Sunamita teve piora por conta da umidade dentro da sala em que está internada a garotinha. A mãe vai além na denúncia e apresentou em fotos uma área que funcionava a brinquedoteca do Hospital, completamente insalubre.

O Notícias da Hora entrou em contato com a assessoria da Sesacre. Fomos informados que a direção da Maternidade Bárbara Heliodora, responsável pelo Hospital da Criança, só irá se manifestar sobre o caso na segunda-feira (7).

Falamos, via WhatsApp, com o diretor-geral da Maternidade, Wagner Bacelar. O médico disse que já tem conhecimento do caso, mas como afirmou a assessoria, uma nota de esclarecimentos será redigida e encaminhada à assessoria da Sesacre para ser disponibilizada à imprensa.

“Essa nota será enviada para a assessoria de comunicação da SESACRE e repassada à mídia”, pontuou.

A família pede a intervenção do Ministério Público do Acre, por meio da Promotoria de Saúde, que tem à frente o promotor Gláucio Ney Shiroma.

No começo da noite desta sexta-feira, a direção do Hospital da Criança se manifestou por meio de nota. No documento, Wagner Bacelar diz que mesmo com a ausência da bomba de infusão, "não houve comprometimento ou qualquer prejuízo ao tratamento da criança". VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Acerca da matéria publicada no site Notícias da Hora, a respeito da paciente S.A.A, internada no Hospital da Criança, a Gerência do Sistema Assistencial à Saúde da Mulher e da Criança, vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

A paciente está internada em um dos leitos da Unacon, no Hospital da Criança. Sobre a máquina que a mãe da criança se refere, são bombas de infusão.

Todavia, excepcionalmente essa semana houve uma demanda fora do habitual por esse equipamento, devido a um aumento do número de pacientes críticos, internados nas UTIs (Pediátrica e UTI Neonatal).

Ressalta-se que a paciente supracitada não vinha precisando do equipamento mencionado para infusão de medicamentos e nutrição parenteral, porém, nas últimas 24h, foi recomendado o uso deste equipamento, cuja finalidade é facilitar a administração dos líquidos mencionados acima.

Fica esclarecido, ainda, que mesmo com a falta temporária de bombas de infusão, pelos motivos expostos acima, não houve comprometimento ou qualquer prejuízo ao tratamento da criança.

Considerando que a bomba de infusão, é apenas para infundir líquidos (medicamentos, nutrição parenteral, etc ), o uso desse equipamento não impede que o acesso venoso central possa ser perdido.

Cabe esclarecer também que é comum a perda de acesso venoso central em pacientes que se encontram internados, mesmo que estejam em uso de bomba de infusão.

Em relação à enfermaria em que se encontra internada a paciente S.A.A, todos os reparos necessários em sua estrutura física já vem sendo providenciados pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

Diante da reclamação da mãe, no que se refere ao local onde está a criança, foi oferecido uma outra enfermaria, que já se encontra reformada, porém, a genitora recusou, pois a mesma não aceita ficar em um local que tenha outros pacientes.

Por fim, informamos que a Sesacre providenciou de imediato as bombas de infusão, a partir do momento em que houve a necessidade do uso, solucionando toda a situação.

Wagner Bacelar
Gerente-geral da SASMC

*Matéria reeditada às 19h13 para inserção da nota de esclarecimento