As mães das crianças vítimas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que foram a óbito por falta de leitos de UTI pediátricos, em Rio Branco, protestaram na manhã de hoje (20) na sede da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
Lideradas pela ativista política, Joelma Dantas, mãe do pequeno Théo Dantas, de 10 meses, que faleceu dia 8 deste mês, as mães foram até o Gabinete das secretárias Paula Mariano e Adriana Lobão para cobrarem uma explicação a respeito das providências que já foram adotadas e a respeito do teor do áudio mostrado com exclusividade pelo Notícias da Hora, em que a diretora-geral do Pronto Socorro, Dora Vitorino, alerta Lobão e a cúpula da Saúde sobre a grave crise que vive o Pronto Socorro, agravada pela SRAG.
“Nós viemos aqui perguntar para a senhora Adriana Lobão, para quem este áudio foi enviado, onde a Dora é clara. Ela fala que já havia conversado com ela há seis dias sobre as crianças que estavam morrendo por falta de oxigênio, por falta de material. A gente veio aqui para conversar com ela, a gente não é assassina não. Eles se trancaram todos ali, não dizem onde ela está. Ela é funcionária pública”, disse Joelma Dantas.
Dantas afirmou que as mães iriam questionar Adriana Lobão os motivos que levaram a não atender, de forma urgente, os pedidos revelados por Dora Vitorino. “A gente só quer saber quem foi que lhe deu ordem para não resolver o que a Dora pediu naquele áudio”.
A Polícia Militar esteve no prédio acompanhando a manifestação pacífica das mães das crianças vítimas da SRAG.
Após a manifestação na Sesacre, as mães serão recebidas pelo procurador-geral do Ministério Público do Acre, Danilo Lovisaro, logo mais.