Motoboys que atuam em Rio Branco realizaram um protesto no Centro da Capital na manhã desta segunda-feira, 24, contra a agressão sofrida por um colega de profissão no último sábado, 22. O trabalhador, que fazia uma entrega, foi agredido por um policial civil, gerando indignação na categoria.
O grupo cobra uma resposta imediata das autoridades e medidas para evitar novos casos de violência contra motoboys e motoentregadores.
O protesto reuniu dezenas de profissionais, que percorreram ruas do Centro pedindo justiça.
Representantes da categoria foram recebidos pelo assessor do governador, Luiz Calixto, e pelo diretor-geral da Polícia Civil, que garantiram a abertura de investigações sobre o caso.
Paulo Farias, representante dos moto-ubers, explicou que a categoria exigiu providências e recebeu a promessa de que serão instaurados dois inquéritos: um procedimento administrativo e outro criminal. O Ministério Público também acompanhará o caso.
“Olha, a gente teve uma reunião com o assessor do governador, Luiz Calixto, e com o diretor-geral da polícia para tratar sobre essa agressão. Eles falaram que vão abrir dois inquéritos, um administrativo e outro criminal. O Ministério Público vai entrar em ação e, em até 30 dias, teremos o resultado da investigação. Pediram até o dia 24 de abril para concluir o caso”, afirmou Farias.
O representante destacou que o movimento não se limita aos moto-ubers, mas abrange todos os entregadores de moto, que se preocupam com a violência e a falta de segurança durante o trabalho.
“Nós também trabalhamos como entregadores e cabe a nós lutar pelos colegas motoboys. Se a gente não correr atrás dos nossos direitos, amanhã pode ser um moto-uber agredido. Pedimos que tudo seja apurado e que os responsáveis sejam punidos, porque situações como essa não podem ocorrer”, declarou.
Farias ainda reforçou que o trabalhador agredido não representava qualquer risco ao policial e estava apenas exercendo sua função.
“O agente público está ali para defender a população, não para agredir um trabalhador. Em nenhum momento o colega ofereceu risco, ele estava com seu bag [mochila térmica] nas costas, e mesmo assim foi agredido.”
Por fim, ele agradeceu a receptividade das autoridades em relação ao caso. “O diretor-geral da polícia e o assessor do governo pediram desculpas à categoria e disseram que situações como essa serão combatidas e não irão mais ocorrer.”