O sargento Correia, da Polícia Militar em Sena Madureira, foi submetido a uma cirurgia no nariz em janeiro de 2015 que resultou em uma série de graves complicações de saúde na vida do policial militar. Após o procedimento, ao longo dos últimos quatro anos, ele ficou paralítico, perdeu a fala, o movimento dos braços e ficou com os dedos atrofiados, segundo conta Cleuza Costa, sua esposa.
Em um vídeo gravado e espalhado no WhatsApp e Facebook, dona Cleuza, que cuida do sargento com a ajuda de um filho, faz um verdadeiro desabafo. Ela diz que seu esposo, apesar de contribuir com o Fundo de Saúde da Polícia Militar há mais de 30 anos, não tem recebido os cuidados que deveria da instituição.
"Até o Fundo de Saúde da Polícia Militar tem negado
ajuda. Ele teve um pedido de UTI negado. O meu esposo paga um fundo de saúde pra mim e para ele há mais de 30 anos e quando a gente precisa não tem essa ajuda, é negado. Ultimamente tem sido negado ambulância para transportar o meu esposo pra fazer um exame, pra fazer um tratamento", afirma ela no vídeo de seis minutos e 33 segundos.
Procurado na tarde desta segunda-feira (16) pelo Notícias da Hora para dar a versão da Polícia Militar e se a instituição tem de fato sido negligente, o comandante da corporação, coronel Ezequiel Bino, disse que há informações equivocadas na fala de dona Cleuza.
"O sargento não está abandonado. É que nem tudo o Fundo de Saúde cobre", afirma o comandante da PM.
Ezequiel Bino disse ainda que o fundo de saúde da Polícia Militar já gastou pelos R$ 100 mil com o tratamento do sargento Correia.
Ele diz que reconhece o estado grave de saúde do policial, mas acrescenta que o colega de farda vem sendo assistido dentro das regras estabelecidas.